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O novo Direito: Mais rápido e digital

por Gabriel Dau
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Em comemoração ao Dia do Advogado (11.8), algumas questões acerca da profissão ficam evidentes, sobretudo com as consequências provenientes da pandemia – responsável pela catalisação de certos processos.

Exemplo disso é o uso, cada vez mais rotineiro, da Inteligência Artificial, Big Data, entre outras tecnologias aplicadas ao Direito, resultando na automatização de decisões judiciais, análise e elaboração de contratos, plataformas para disputas on-line e assim por diante.

“Hoje, é fundamental que o advogado tenha expertise básica sobre determinadas ferramentas para realizar atividades, como: processos virtuais e eletrônicos, acessos a plataformas de dados, certificação digital, assinaturas digitais, entre outras”, pontua Leone Pereira, coordenador da Área Trabalhista e professor do Damásio Educacional e sócio no escritório Pereira Marineli Rodrigues Advogados.

Esse movimento ganhou ainda mais força com a pandemia, é o que mostra uma pesquisa realizada com a CESA e a AB2L(*): em 94% dos escritórios analisados a demanda caiu entre 20% e 70% durante o período de isolamento e distanciamento social.

É fato que a rotina mudou e todos tiveram que se adaptar.

Advogados foram para o home office, clientes tinham que ser atendidos remotamente, audiências foram para o on-line, reuniões viraram videoconferências, marcas concretas de um movimento que transformou uma das profissões mais tradicionais do mercado.

Os prós e os contras, segundo Leone Pereira, são os processos mais céleres e efetivos, além do ambiente digital trazer uma pesquisa mais apurada e permitir a comparação de julgamentos de forma mais detalhada, enquanto o aspecto negativo se resume à falta de sentimento.

“Muitos dizem que quanto mais tecnológico, menos sentimental o julgamento será, o que faz falta para o juiz, que precisa disso para ter o feeling”, explica o especialista.

Mas, mesmo antes do mundo entrar em quarentena, a carreira dos advogados já estava sendo impactada pelas mudanças que ferramentas como Inteligência Artificial (IA), programática (que auxilia na automação de formulação de documentos, além de ampliar o mercado de atuação) e algoritmos (o big data é aplicado à análise de dados tanto de processos quanto de clientes) trouxeram para esse mercado. 

E para atuar nele, Pereira explica: “No contexto da Advocacia 5.0, que envolve as mais diversas novas tecnologias, é fundamental que o advogado conheça bem sua área de especialidade e dialogue com as outras, sem esquecer do conhecimento sobre a tecnologia”.

É fato que esse novo mercado vem crescendo, no entanto, apenas 22% dos escritórios ouvidos pela pesquisa da CESA e AB2L utilizam alguma solução tecnológica oferecida por lawtechs ou legaltechs, a exemplo das ferramentas de IA ou servidores em nuvem. 

Os escritórios que já trabalhavam de forma mais virtual colheram frutos durante esse período, mas a maioria teve que acelerar mudanças e digitalizar as reuniões e atendimentos, realizar audiências on-line e disponibilizar seus arquivos e acessos na nuvem para que os funcionários tivessem as informações necessárias a distância.

O Damásio Educacional é uma instituição de ensino que oferece cursos preparatórios para concursos jurídicos, fiscais, policiais, diplomacia e OAB.

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