Infelizmente, a discriminação no mercado de trabalho devido a idade acontece diariamente. A contratação de pessoas mais novas e a demissão das que passaram dos 40 ou 50 anos são situações mais comuns no setor trabalhista do que se imagina.
A esse tipo de comportamento há uma denominação. Em português, chama-se etarismo, isto é um termo usado para descrever atos de discriminação e preconceito contra as pessoas com base em estereótipos por conta da idade.
O etarismo pode ser detectado quando uma pessoa se sente desfavorecida, humilhada ou minimizada pela idade. No ambiente de trabalho, a maior taxa de ageismo acontece com pessoas acima de 37 anos para as mulheres e 40 anos para os homens.
Apesar das empresas estarem passando a investir em diversidade e inclusão com maior frequência, muitas ainda deixam de olhar dessa forma. Este erro diminui oportunidades de crescimento para pessoas mais velhas, e deixa fora do mercado a parcela da população que, segundo pesquisas do IBGE, será maioria da população do país em 2060.
Procurar uma oportunidade de emprego ou tentar uma nova carreira após os 40 anos pode ser uma tarefa difícil, pois nem sempre os anos de experiência se tornam vantagem em um processo de seleção.
Apesar de ser um crime a discriminação na hora de oferecer oportunidades de trabalho, algumas empresas realizam este tipo de conduta. Alguns processos seletivos sequer dão oportunidade para pessoas mais velhas participarem, colocando uma idade limite como critério nos anúncios de emprego.
Fique sabendo que os recrutadores não podem fazer exigências relacionadas a sexo, cor, estado civil, idade, entre outras, na hora de divulgar uma oportunidade. Está escrito na Constituição Federal.
No entanto, mesmo com a proibição, situações como essas ainda acontecem e entrar no mercado de trabalho pode não ser tão fácil para profissionais mais velhos. De acordo com uma pesquisa publicada, 70% dos profissionais entrevistados, com mais de 40 anos, dizem ter sido discriminados por causa da idade.
O crescimento da população idosa está aumentando no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país conta com mais de 32,9 milhões de idosos. Entre os anos de 2012 e 2019, houve um aumento de 29,5% na população idosa brasileira. A expectativa é de que o número aumente para 58,2 milhões de idosos em 2060, podendo ocasionar uma inversão na nossa pirâmide etária.
Diante desse cenário é preciso rever esses conceitos de contratação e demissão. Com o envelhecimento da população, o número de profissionais maduros no mercado de trabalho aumentará. Será preciso mudar e se adaptar à diversidade de idade.
Afinal, idade não determina habilidade. Por isso, pessoas mais maduras não são melhores nem piores que pessoas jovens, e sim grupos complementares para o desempenho das atividades do negócio, através de visões e perspectivas plurais de um mesmo assunto. Rever os conceitos deve ser primordial para um futuro que está batendo na nossa porta.
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