O dividendo é uma forma que as empresas negociadas no mercado de ações possuem para remunerar acionistas de tempos em tempos. Alguns investidores dão preferência para aplicações passivas que oferecem renda regular e, mais do que isso, que deem a possibilidade de maior geração de caixa do futuro do que geram hoje. Ao selecionar empresas pagadoras de dividendos, no entanto, algumas métricas são muito importantes de serem observadas.
A primeira e mais famosa delas é o Dividend Yield. O número a ser avaliado resulta da divisão dos dividendos pagos nos últimos doze meses pelo preço de uma ação. Vamos supor que uma empresa pagou R$1,00 de dividendos nos últimos anos e vale R$20,00 em bolsa. O seu Dividendos Yield, então, será de 5% (R$1,00/R$20,00).
A análise é muito importante, é claro, mas não pode ser a única a ser feita pelo investidor. Mais que saber se a empresa pagou altos dividendos pelos últimos meses, é preciso avaliar a sustentabilidade e a perenidade desses dividendos. É preciso entender se esse é um resultado recorrente, que pode ser manter ou se é apenas algo fora da curva.
Para isso, outras métricas podem auxiliar. O payout, por exemplo, é o resultado da divisão dos dividendos distribuído e o lucro de uma empresa. Se a empresa distribuiu R$50 milhões de dividendos nos últimos doze meses e lucrou R$ 100 milhões, o seu payout será de 50% (R$ 50 milhões/R$ 100 milhões).
O valor que não é distribuído na forma de dividendos é retido pela empresa para fazer investimentos, realizar aquisições ou reduzir o seu endividamento. Minha sugestão, neste quesito, é buscar empresas com payout abaixo de 100%.
Também é preciso ficar de olho na saúde financeira da companhia. Uma empresa com alto endividamento dificilmente conseguirá manter um patamar de dividendos elevados durante muito tempo. E como medir isso? É preciso ficar de olho em duas métricas.
A primeira é a Dívida Líquida sobre Patrimônio Líquido, buscando empresas que devam menos do que 100% de seu patrimônio. Também avaliar Dívida Líquida sobre o EBIT, procurando investir em empresas que devam menos de 3 vezes o seu lucro operacional.
Por último, busque empresas com dividendos crescentes, com baixa volatilidade. A análise dos últimos 12 meses e das listas das maiores pagadoras de dividendos podem ser um filtro interessante, mas não devem ser os únicos critérios adotados de compor uma carteira de investimentos com foco em pagamento de dividendos.
Sempre que vamos comprar uma ação, ou seja, virar sócio de uma empresa, precisamos de uma análise mais completa que comprove a sustentabilidade do negócio e, consequentemente, de seus dividendos pagos.
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