Conhecer as principais diferenças entre o regime de competência e de caixa é importante para que empresários e gestores consigam dominar a gestão financeira de seus negócios.
Esses são dois métodos usados para registrar as transações contábeis e diferem, principalmente, em relação ao momento em que deve ser registrado cada fato ocorrido na empresa. Descubra neste artigo as demais diferenças e conheça a descrição de cada um deles.
Antes de entender a diferença entre regime de caixa e regime de competência, vamos focar em uma afirmação: uma empresa pode ter lucro, mas não ter dinheiro, e vice-versa!
Essa situação pode ocorrer porque o lucro é apurado usando receitas e despesas, que não são os mesmos que recebimentos de caixa e desembolsos de caixa. É aqui que mora a diferença entre os métodos.
Nesse tipo de regime, as receitas são contabilizadas apenas quando o dinheiro referente a elas é recebido. Ao mesmo tempo, as despesas são registradas no momento em que são efetivamente pagas.
É um método mais simples que o regime de competência, uma vez que apenas são contabilizadas as quantias pagas ou recebidas. Por isso, permite um acompanhamento descomplicado do fluxo de caixa.
Tal regime pode distorcer a visão da saúde financeira do negócio. Se uma empresa tem uma boa quantia em caixa, mas tem montantes de contas a pagar não provisionados que excedem essa quantia, um investidor pode concluir que a empresa está lucrando quando, na verdade, está perdendo dinheiro.
No regime de competência, os efeitos das transações são reconhecidos no momento em que ocorrem, não dependendo do pagamento, recebimento de caixa ou outros recursos financeiros.
Aqui, o registro de receitas é realizado quando um produto ou serviço é entregue a um cliente, com a expectativa de que o dinheiro será pago no futuro. As despesas também são registradas quando ocorrem, mesmo que o pagamento também só ocorra posteriormente.
É um retrato mais preciso da situação patrimonial da empresa, particularmente a longo prazo. Fornece uma ampla gama de informações para a gestão e redução de custos.
Acompanhar o fluxo de caixa pode ficar mais trabalhoso, dependendo do volume e da complexidade das transações realizadas pela empresa.
Por ser mais detalhado, exige mais trabalho no controle da documentação de tudo o que ocorre no negócio.
Para ilustrar nossa afirmação anterior de que a empresa pode ter lucro, mas não ter dinheiro, vamos supor que uma nova empresa venda R$ 12 mil em produtos, parcelados em três vezes.
Pelo regime de competência, a empresa deve reconhecer R$ 12 mil em receitas em seu primeiro mês. Como o dinheiro não será recebido imediatamente, se mensalmente as despesas forem de R$ 7 mil, no primeiro mês a empresa reportará um lucro de R$ 5 mil.
Pelo regime de caixa, a empresa deve reconhecer R$ 4 mil em receitas no primeiro mês, quando receber o valor da primeira prestação. Nos dois meses seguintes, ao receber as respectivas parcelas, registrará o restante da receita.
Essa situação pode gerar alguns equívocos no momento de fazer a gestão financeira. Para que isso não aconteça, é importante contar com demonstrações financeiras.
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Evidencia a composição do resultado líquido em um determinado período, confrontando as receitas e despesas ocorridas.
Mostra as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa de uma empresa, além dos resultados desse fluxo em determinado período.
Ambas as visões são necessárias e complementares. Os dados devem ser sempre analisados pelas duas perspectivas, a fim de obter a melhor decisão possível para a situação da empresa.
Vale lembrar que o regime de caixa não fornece informações suficientes para fazer o balanço patrimonial de forma adequada. Já o regime de competência permite que a empresa levante a DRE e a DFC, além do balanço patrimonial.
Conteúdo original Marlian Contabilidade
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