Foi divulgado na madrugada de sexta-feira, 14 de agosto, pela operadora Oi, um aditivo à sua proposta do Plano de Recuperação Judicial que foi lançado em junho. No texto, a empresa informa que acontecerá uma série de alterações importantes e que poderão impactar na venda dos seus aditivos no mercado.
A operadora também avaliou a “InfraCo”, a unidade de fibra da companhia, em R$ 20 bilhões, e que tem intenção de vender o negócio de TV por assinatura via satélite, o ativo será vendido separadamente. A decisão faz parte da proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial, que será levado para votação em setembro.
No entanto, o possível comprador deverá assumir o compromisso de utilização da capacidade setelital até 2027 e compartilhar 50% sobre receitas líquidas de IPTV prestadas pela TVCo para clientes recuperandas.
A Oi também confirmou o leilão da sua divisão móvel no fim do ano. A operadora esclarece que a unidade será vendida para quem pagar o maior valor. Atualmente, o consórcio formado por Claro, TIM e Vivo está oferecendo R$ 16,5 bilhões, ou seja, acima dos R$ 15 bilhões ofertados pela Highline.
Prejuízo de R$ 3,4 bilhões
A Oi também informou que registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 3.493 bilhões no segundo trimestre de 2020 (alta de 104,4% na comparação anual).
A receita líquida consolidada foi de R$ 4.544 bilhões (baixa de 10,8% na comparação anual).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado foi a R$ 1,359 bilhão, queda de 15%.
Os planos futuros da empresa é de investir em infraestrutura de fibra ótica, o que deve sustentar o crescimento das receitas.
“Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha, jornalista do Jornal Contábil”