O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público e a Polícia Civil prenderam quatro pessoas durante uma operação deflagrada hoje contra um esquema de fraudes bancárias que movimentou meio milhão de reais entre 2020 e 2022.
A Operação Shell Company também cumpre dez mandados de busca e apreensão. O MP denunciou à Justiça seis pessoas pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de capitais e organização criminosa.
Entre os denunciados estão dois gerentes de uma instituição bancária, localizada em Petrópolis, que teve prejuízo de R$ 8 milhões causados pelo grupo criminoso. Os crimes aconteceram entre os anos de 2019 e 2020.
Os mandados estão sendo cumpridos na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e em Petrópolis, na Região Serrana. A pedido do Ministério Público (MP), a Justiça determinou o bloqueio de bens e valores no montante de R$ 8 milhões em desfavor dos denunciados.
A investigação revelou que os recursos financeiros da organização criminosa foram canalizados para uma holding criada com o propósito de controlar 11 empresas fictícias, utilizadas para lavagem de dinheiro. Os gerentes atestavam documentação falsa e abriam contas para essas empresas de fachada. As contas foram usadas para respaldar empréstimos milionários e obter diversas vantagens junto às instituições financeiras.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), entre os anos de 2020 e 2022, os denunciados movimentaram aproximadamente R$ 500 milhões. A análise do fluxo financeiro indica que, além do banco prejudicado, outras instituições financeiras também foram alvo do mesmo grupo.
“Shell Company” significa companhia de fachada. É o termo em inglês para empresas sem atividade verdadeira, servindo apenas como ferramenta para esconder a real atividade, seja financeira ou ilícita.