O primeiro ponto que o contador deve conhecer são os princípios básicos da Contabilidade. São o conjunto de cuidados que o contador deverá obedecer no registro das informações contábeis, e, de modo geral, no exercício da sua profissão.
Nesse artigo, trataremos um pouco desses princípios, que, conforme dito, serve para que o contador possa cumprir as exigências dos Códigos de Pronunciamento Contábeis e outras normas contábeis, estando de acordo com as práticas contábeis.
São sete princípios básicos: o princípio da entidade, o princípio da continuidade, o princípio da prudência, o princípio da competência, o princípio da oportunidade, o princípio da atualização monetária e o princípio do registro pelo valor original, uns são mais fáceis de serem compreendidos do que outros, como, por exemplo, os princípios da entidade e o da continuidade, outros, por sua vez, demandam maior explicação.
De qualquer forma, as informações disponíveis aqui serão dadas de maneira básica, cabendo a você recorrer às publicações do Conselho Federal de Contabilidade, ou, Conselho Regional de Contabilidade, ou, eventuais referências complementares para maiores detalhes.
O princípio da entidade fundamenta-se no preceito de que o patrimônio, enquanto objeto da contabilidade, deverá ser separado: um é o patrimônio da empresa – ou da entidade- e o outro são os patrimônios pessoais. Acontece muito desrespeito a esse princípio em pequenas empresas, nas quais não há um controle rígido da contabilidade.
O desrespeito à separação do patrimônio da empresa e da família tem como consequência uma desorganização na contabilidade da família, e, mais ainda, da empresa, gerando enormes dívidas. Isso, de acordo com a forma em que a empresa estiver constituída pode ter consequências judiciais significativas em caso de falência, como no caso das MEI’s (Microempreendedor individual) ou microempresas, por exemplo.
Esse é o princípio mais simples de entender-se, quando abrimos uma empresa, geralmente, a ideia é a dela continuar existindo por tempo indeterminado e é justamente isso que o princípio da continuidade aborda. Ela pressupõe de que a empresa terá continuidade por um longo período.
Exemplo: É um pressuposto de que, após o ano fiscal de 2019, a empresa ‘X’ terá continuidade no ano fiscal de 2020, caso contrário, isso poderia gerar insegurança jurídica a todos os envolvidos na empresa, desde funcionários, passando por potenciais investidores e chegando ao estado, pois evidentemente, há consequências tributárias com o fechamento de uma empresa.
Esse princípio refere-se ao momento de mensurarmos um ativo ou um passivo da empresa. É também denominado como princípio do conservadorismo. O que significa isso? Para mensurarmos um ativo, será adotado o menor valor, enquanto que, para mensurarmos um passivo adotaremos o maior valor entre dois ou mais existentes, por exemplo. Essas hipóteses referem-se às alternativas que sejam do mesmo modo válidas para poder quantificar um ativo ou um passivo ou o patrimônio líquido.
No caso do Patrimônio Líquido também será adotado o menor valor. Isso evitará possíveis equívocos no levantamento de informações contábeis tais como supervalorização do ativo ou subvalorização do passivo, sendo que, em ambos os casos, a chance de haver um descontrole financeiro na empresa, caso o princípio não seja obedecido, é muito grande.
Basicamente, há dois ‘regimes’ para registrar determinada conta: o regime de caixa, no qual você registrará determinado fato contábil apenas quando você liquidar um passivo ou receber um ativo e o regime de competência, no qual, você registra o passivo ou o ativo desde que o fato gerador é obtido.
Um exemplo claro é a conta do passivo ‘Salários a Pagar’: o salário é referente ao mês de julho de 2020: pelo princípio da competência, já em julho há o registro da obrigação de efetuar o pagamento dos salários, enquanto que, se fosse pelo regime de caixa, você apenas registraria a obrigação em agosto, quando os salários fossem efetivamente pagos.
Esse princípio, nada mais é do que registrar os fatos contábeis de maneira tempestiva e íntegra, ou seja, de maneira completa e no momento em que o fato foi gerado, ou o mais próximo disso possível, pois, dependendo do porte da empresa, é inviável realizar o reconhecimento de maneira imediata.
Considerando que as demonstrações servem para a informação de usuários externos a respeito de toda a situação da empresa, em especial, nos casos das sociedades por ações, essa tempestividade e integralidade é essencial.
Lembramos também que, lembrando das características qualitativas fundamentais, as informações contábeis devem ter relevância e representação fidedigna, o que pode ser relacionado com o princípio da oportunidade.
Esse princípio refere-se a que toda alteração no poder aquisitivo da moeda nacional deverá ser reconhecida na demonstração.
Os componentes do patrimônio, desde ativos até o patrimônio líquido, devem ser registrados pelo valor original da obrigação ou do direito, e no caso, de transações com outros países, o registro é realizado na moeda do país em que a avaliação das variações do patrimônio serão realizados, por exemplo, se essa avaliação de variação for realizada no Brasil, o registro será feito em real.
Em outros casos, evidentemente, o registro será feito utilizando a moeda nacional .
Observa-se, que, o valor original permanece o mesmo durante o período em que permanece na entidade, e, mesmo quando ele sai da empresa.
Além disso, a avaliação de todos os elementos patrimoniais tem como base o valor de entrada.
Esse princípio é extremamente detalhado, portanto, é válido consultar a publicação do Conselho Regional de Contabilidade a respeito do tema. Esse princípio irá acarretar variações em diversos valores como o valor justo e o custo corrente.
Para encerrar, pontua-se que o princípio da atualização monetária tem forte ligação com o princípio do registro pelo valor original.
Atenção você contador ou estudante de contabilidade, o trabalho para seguir com sucesso na carreira profissional é árduo, inúmeros são os desafios que vamos precisar superar nessa jornada. Mas tenha em mente que o conhecimento é o maior bem que você pode ter para conseguir conquistar qualquer que seja os seus objetivos. Exatamente por isso apresentamos para você o curso CONTADOR PROFISSIONAL NA PRÁTICA, o curso é sem enrolação, totalmente prático, você vai aprender todos os processos que um contador experiente precisa saber.
Aprenda como abrir, alterar e encerrar empresas, além da parte fiscal de empresas do Simples Nacional, Lucro Presumido e MEIs. Tenha todo o conhecimento sobre Contabilidade, Imposto de Renda, SPED e muito mais. Está é uma ótima opção para quem deseja ter todo o conhecimento que um bom contador precisa ter, quer saber mais? Então clique aqui e não perca esta oportunidade que com certeza vai impulsionar sua carreira profissional!
Com informações SejaKino
Milhões de pessoas ainda vão receber seus benefícios do INSS referentes ao mês de janeiro…
Introdução ao Relatório Jornal Contábil de Empresas no Brasil O Brasil encerrou 2024 com 21,6 milhões…
A reforma tributária, solução para simplificar a tributação sobre o consumo, apresenta desafios significativos para…
Se você participou de alguma edição do Enem, quer parcelar seus estudos e está tentando…
A inteligência artificial (IA) está transformando diversos setores da economia, e com os escritórios contábeis…
Nesta terça-feira, dia 04 de fevereiro, é uma data dedicada ao Dia Mundial do Câncer.…