Foto: Daniel Isaia/Agência Brasil
Depois do impacto da pandemia, os últimos meses de 2020 foram marcados por uma certa euforia do mercado quanto às possibilidades de negócios para o ano que se iniciava.
As novas oportunidades trazidas pela digitalização, assim como a redução nos juros para o financiamento da casa própria, que impulsionou a indústria da construção civil, são alguns exemplos.
Pena que a agitação durou pouco com o fantasma da inflação batendo na nossa porta e os custos galopantes.
Falar de inflação é muito ruim no mundo dos negócios, pois ela impacta diretamente nos planos e está intrinsicamente ligada ao custo Brasil, que já é um dos maiores do mundo em função da nossa situação estrutural e política.
Infelizmente convivemos com a marca de sermos pouco competitivos, o que afeta as decisões de investimento.
Claro que uma operação internacional, ao decidir onde vai investir diretamente, analisa todas as possibilidades e está à espera da melhoria e das reformas por aqui.
As razões são muitas e o efeito dominó desanimador: um IGP-M na casa dos 37% inviabilizando a indexação de contratos, custo de mão de indo na mesma direção, inflação passando da meta máxima prevista para o ano, dólar alto e, consequentemente a desvalorização da nossa moeda, matéria prima mais cara, problemas na produção e por aí vai.
Isso sem falar das incertezas jurídicas, da ausência de direção e da desconfiança política.
Tudo isso reduz os estímulos da economia e afeta nosso crescimento.
A guerra pelo dinheiro no mundo é grande e o Brasil está perdendo espaço para outros países porque se tornou pouco atrativo ao investimento na produção de bens e serviços.
Por outro lado, nosso Produto Interno Bruto está crescendo, o setor agrícola decolando e colocando nossa nação numa posição de celeiro de alimentação global e vemos alguns setores produtivos se encaixando num cenário incerto.
Olhando por este lado, conseguimos hastear nossa bandeira, mas às custas de um rastro de sangue.
Apesar dos pesares, uma coisa é certa: aprendemos a viver na corda bamba. Enquanto um cenário de inflação soa como o fim do mundo para os americanos, que viveram em descontrole na década de 70, por aqui sempre fomos nos adaptando.
Na minha visão de operar uma empresa global no Brasil, a meta é continuar acreditando no País e investindo de forma segura, ou seja, organicamente, até que essa nebulosidade diminua.
E se as empresas não almejam ampliarem suas operações, a mensagem agora é cuidar bem da operação presente.
Diante desse cenário, que ainda conta com um sistema tributário que corrói os empreendimentos, a ordem é aplicar a inteligência nessa rotina.
Melhorar a rentabilidade por meio de medidas tributárias cabíveis evitará o repasse de custos aos clientes e, no efeito cascata, essa decisão impulsionará os negócios e ajudará as empresas a enfrentarem o cenário atual.
Por: Paulo Zirnberger de Castro, country manager da Sovos, pioneira em Digital Tax para o compliance fiscal de empresas.
Sobre a Sovos
A Sovos é uma empresa global especializada em soluções para as complexidades da transformação digital de impostos, com ofertas completas e conectadas para determinação de impostos, controle contínuo de transações, relatórios fiscais e muito mais.
A empresa oferece suporte a mais de 16 mil clientes operando em mais de 70 países, incluindo metade das empresas listadas na Fortune 500. Seus produtos SaaS e a plataforma proprietária Sovos S1 integram-se a uma ampla variedade de aplicativos de negócios e processos de compliance governamental. A Sovos possui funcionários na América do Norte, América Latina e Europa, e é propriedade da Hg and TA Associates.
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