Diante da necessidade do isolamento social, provocado pela pandemia do coronavírus, muitas empresas precisaram mudar suas rotinas de trabalho.
Para compreender como as organizações estão sendo impactadas pelo cenário de crise, a Mazars, auditoria e consultoria empresarial, realizou a pesquisa “Os impactos da Covid-19 no mundo dos negócios”.
“O resultado revela que 86,07% das companhias, no Brasil, mobilizaram suas equipes ou parte delas para o home office, enquanto 13,92% não foram impactadas ou suspenderam as operações no período da quarentena”, Fabio Pecequilo, sócio de Financial Advisory Services da Mazars.
Em números de funcionários, a adesão ficou da seguinte forma:
A pesquisa constatou ainda que entre as empresas que notaram o aumento de produtividade com os seus colaboradores durante a quarentena, 92,30% delas adotaram o home office para 75% ou mais dos funcionários.
Para 69,23% das companhias em que as performances dos colaboradores estão melhores do que antes da pandemia se comprometeram a não demitir pelos próximos meses ou planejam contratações.
A avaliação da produtividade ficou da seguinte forma:
• 40,51% – estão no mesmo patamar em relação ao período em que antecedeu à Covid-19;
• 26,58% – alegaram que diminuiu;
• 17,72% – disseram que aumentaram;
• 15,19% – não avaliaram.
“As demissões pontuais ou redução significativa do quadro de funcionários foram a realidade de mais de um terço das empresas durante a pandemia”, declara Pecequilo.
Segundo dados do Ministério da Economia, as demissões registradas em abril correspondem ao maior índice registrado para esse mês em 29 anos. Nesse quesito, os resultados da pesquisa revelaram que:
Na contramão das empresas que realizaram demissões e lutam para enxugar seus custos, estão as companhias que seguem contratando durante a pandemia, grupo que corresponde a uma fatia de 12,66% das organizações que participaram da pesquisa pertencentes aosseguintes setores: financeiro, óleo e gás, advocacia, agronegócio, infraestrutura, farmacêutico, locação de bens e pesquisa. Todo o restante dos respondentes congelou ou cancelou as vagas.
A configuração ficou da seguinte forma:
• 48,10% – tiveram as contratações congeladas e podem retomar no futuro;
• 39,24% – tiveram as contratações canceladas; e
• 12,66% – não interromperam as contratações.
Sobre: Como os departamentos de RH estão agindo na pandemia? As respostas foram:
• 65,82% – o RH agiu de maneira proativa, trabalhando o bem-estar dos funcionários, oferecendo canal de apoio;
• 21,52% – não possuem área de RH;
• 7,59% – não tiveram ações de RH;
• 5,06% – o RH agiu reativamente.
Além da retração econômica, a saúde mental dos colaboradores é outro fator que gera preocupação nos líderes empresariais.
“Sintomas de ansiedade, depressão, insônia e irritabilidade passaram a ser cada vez mais relatados às equipes de RH, que criaram canais de atendimento psicológico durante a quarentena”, afirma Pecequilo.
Entre a maioria das empresas participantes do levantamento (55,70%), os funcionários ainda estavam assimilando todas as mudanças que envolvem o trabalho remoto e a crise. ,
Para 40,51%, a saúde emocional está boa e estão adotando medidas de prevenção, já 3,80% informaram que está ruim e já identificaram alguns casos.
Gestão à distância
O trabalho remoto exige que os gestores acompanhem periodicamente os resultados e as entregas de suas equipes.
Em relação à percepção dos dirigentes sobre a capacitação dos gestores de suas empresas para esse modelo de trabalho, 68,35% sentem que os gestores das empresas precisam aperfeiçoar o acompanhamento das tarefas remotamente, enquanto 31,65% alegaram que os gestores estão capacitados.
Empresas acenam com possibilidade de rodízio entre o escritório e o home office
O home office deve se consolidar como uma realidade em boa parte das empresas ao fim da pandemia da Covid-19.
Mais da metade (52,56%) pretende criar um modelo híbrido entre o escritório e o home office, 26,92% não têm uma opinião formada e 20,51% voltarão ao modelo anterior de trabalho, assim que a quarentena acabar.
As políticas de isolamento forçaram as empresas a se relacionarem com funcionários e clientes no âmbito virtual.
“Videoconferências, por exemplo, se popularizaram e, para muitos líderes, devem continuar presentes no cotidiano, mesmo após o fim da pandemia”, reforça Pecequilo.
Muitas empresas que estavam presas à maneira tradicional de fazer negócios aprovaram a digitalização: 61,54% das companhias que participaram da pesquisa da Mazars enxergam de maneira positiva a digitalização de reuniões e processos internos, 35,90% preferem esperar para ver como sairão da pandemia e, apenas 2,56% dos participantes não se mostram satisfeitos com a virtualização das interações e dos procedimentos organizacionais.
O levantamento foi realizado entre os meses de abril e maio, com a finalidade de conhecer as visões de quem tem um panorama geral de empresas de diversos segmentos.
Entre os respondentes, 40,26% são dirigentes (CEO, COO, CFO e CMO), 23,38% são controllers, 16,88% são sócios, 16,88% são diretores e 2,60% são vice-presidentes.
Os segmentos com maior representatividade na pesquisa são: serviços profissionais (15,19%), farmacêutica e saúde (6,33%), comida e bebida (5,06%), manufatura (5,06%), varejo (5,06%) e agronegócio (3,80%).
A pesquisa completa está disponível no link: http://por.mazars.com.br/Pagina-Inicial/Noticias/Covid-19/O-impacto-da-Covid-19-no-mundo-dos-negocios.
Por Mazars é uma parceria internacionalmente integrada, especializada em Auditoria, Consultoria, Financial Advisory Services, Serviços Tributários e BPO.
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