Em Minas Gerais, 11% dos pequenos negócios tiveram que demitir, em abril, por causa da crise provocada pelo coronavírus (Covid-19).
É o que aponta uma pesquisa feita pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, entre os dias 30 de abril a 5 maio.
O estudo mostra ainda quais medidas adotadas pelo governo estão ajudando as pequenas empresas a enfrentarem o período de pandemia.
De acordo com a pesquisa, as empresas mineiras que dispensaram pessoal no período, demitiram em média 2,4 de funcionários com carteira assinada.
Apesar do resultado negativo, o estado ficou abaixo da média nacional de 2,8 demitidos por empresa.
Em abril, 86% das empresas pesquisadas em Minas Gerais alegaram queda no faturamento, o que pode ter influenciado diretamente na decisão dos negócios que optaram pela demissão. “Este é um momento de cautela.
É importante que os empresários entendam que a crise vai passar, e que irão precisar dos seus funcionários para a retomada de suas atividades.
É hora de avaliar suas decisões, já que poderão impactar em mais custos com a contratar e treinamento de novos funcionários”, alerta o Superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.
A pesquisa também mostrou que das empresas mineiras pesquisadas, 29% tiveram que suspender os contratos de trabalho, 21% deram férias coletivas, 18% reduziram a jornada e os salários e 8% reduziram o salário com complementação do seguro-desemprego.
“Um dos maiores desafios enfrentados pelos pequenos negócios tem sido a manutenção dos postos de trabalho.
A flexibilização temporária das regras trabalhistas, autorizada pela Medida Provisória 936, tem se apresentado como umas das principais medidas econômicas de combate aos efeitos da Covid-19 na economia“, explica Rocha.
Ainda sobre os benefícios concedidos pelo governo para amenizar os efeitos da pandemia, mais da metade dos entrevistados no estado disseram que a redução dos impostos e taxas, empréstimos sem juros e o auxílio temporário foram as medidas que mais ajudaram seus negócios neste momento de crise.
“Os pequenos negócios representam cerca de 99% das empresas do país e são as mais vulneráveis aos impactos da crise.
Por isso é importante fortalecer esses negócios para que possam atravessar este momento, preservando ao máximo as vagas de trabalho”, afirma o Superintendente do Sebrae Minas.
Não: 38,0%
Sim? 10,6%
2,4
Sim: 63,0%
Não: 37,0%
Suspensão de contrato de trabalho: 29,0%
Férias coletivas: 20,8%
Redução da jornada de trabalho com redução de salários: 17,6%
Redução do salário com complemento do seguro-desemprego: 7,8%
Nenhuma das medidas citadas: 44,1%
Redução de impostos e taxas: 50%
Renegociação de prazos de pagamento de impostos e taxas: 28%
Redução das tarifas de água e luz: 38%
Renegociação dos prazos de pagamento de água e luz: 16%
Ajuda para pagar salários: 16,5%
Aumento das linhas de crédito: 44%
Redução dos juros de empréstimos: 30%
Empréstimos sem juros: 62%
Ajuda para pagar aluguel: 26%
Auxilio temporário: 51%
Moratória de dívidas: 33%
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