Empresas do grupo:

Início » Paraíso das startups: Estônia tem seduzido cada vez mais brasileiros

Paraíso das startups: Estônia tem seduzido cada vez mais brasileiros

por Leonardo Grandchamp
5 minutos ler
Imagem por @creativeart / freepik

A Estônia, pequeno país no nordeste da Europa, hoje desfruta de um dos governos mais inovadores do mundo. Com quase todos os serviços essenciais do país, como hospitais, escolas e transporte público interligados e um governo altamente digitalizado, a Estônia se transformou num importante hub tecnológico. Na última década, o país viu aflorar um rico ecossistema de startups, que tem atraído profissionais de todo o mundo, inclusive do Brasil.

Atualmente, a Estônia é o 3º país com maior número de startups per capita. Empresas consagradas como TransferWise, Pipedrive e o Bolt são frutos desse terreno fértil que combina inovação, mão de obra ultra qualificada e uma inteligente política de incentivos por parte do governo. Esses casos de sucesso ajudaram a fortalecer a marca Estônia em todo o mundo. Hoje, a Estônia é sinônimo de eficiência e inovação, mas também de oportunidade.

Um dos maiores diferenciais da Estônia é o apoio que o governo estoniano dá para pessoas que desejem trabalhar e empreender no país. Os interessados em migrar para o país báltico têm acesso a todas informações necessárias no site Work in Estonia. Além disso, o Work in Estonia estabelece ligações entre empresas e startups empregadoras e possíveis funcionários. Hoje, a iniciativa colabora com milhares de empresas empregadoras.

Ao fim de uma temporada de estudos no Estados Unidos, o empresário brasileiro Raphael Fassoni começou a escolher o local onde estabeleceria sua recém-criada empresa de consultoria. Entraram na lista de opções o Vale do Silício, na Califórnia, Londres, Copenhague, Berlim e outra cidades. Por fim, ele acabou optando pela Estônia, que não estava na lista inicial.

“A Estônia oferece um conjunto incomparável de vantagens. Aqui, há um ambiente muito mais aberto e menos competitivo do que o Vale do Silício. Dá para viver sem falar a língua local, porque quase todo mundo fala inglês. E o custo de vida é bem mais baixo do que uma cidade como São Francisco ou Londres, por exemplo. Além disso, o país é um dos mais seguros do mundo. Isso tem sido um fator especial de atração para os brasileiros”, comentou Fassoni.

startups

O empresário estabeleceu um vínculo tão forte com o país que, em 2018, ele decidiu abrir a EstoniaHub, uma plataforma para ajudar startups que queiram se estabelecer na Estônia. “Começamos atendendo apenas empresas brasileiras. Mas logo vimos potencial para expandir nosso alcance e decidimos  atuar globalmente. O interesse pela Estônia tem crescido a cada ano”.

Abra empresa na Estônia e viva onde quiser

A figura do nômade digital é uma das grandes novidades do século XXI. Há milhares de jovens do setor de tecnologia optando por trabalhar remotamente e viver na estrada. Atenta a essa tendência mundial, a Estônia lançou o programa e-Residency. Com ele, é possível registrar, abrir e dirigir uma empresa na Estônia e viver em qualquer lugar do mundo.

Com poucas burocracias, o processo completo, desde o início da aplicação até a retirada do kit de e-Residency, é rápido e dura entre 6 e 8 semanas. Todos os passos completos estão descritos no portal do e-Residency do governo da Estônia. Assinar documentos digitalmente e verificar a autenticidade dos documentos assinados, criptografar e enviar documentos com segurança e declarar impostos corporativos on-line são alguns dos benefícios concedidos aos que se inscrevem no e-Residency.

Georg Klausner, na Áustria, e Ian Ayad, no Brasil, conseguem gerir sua empresa de marketing e softwares, a MansionTech OÜ, na Estônia registrada através do e-Residency. Para ambos, esse grande intercâmbio cultural beneficiou o negócio. “Como o Ian tem uma vida no Brasil, e eu na Áustria, conseguimos ver como as coisas funcionam nesses países e implementar e comparar com a Estônia. E com certeza todos os processos de trabalho na Estônia são super fáceis, muito mais simples e rápidos”, comentou Klausner.

A Estônia também oferece apoio e formação às empresas inscritas no e-Residency, assim como atua com startups sediadas em território estoniano. “Eu participo dos webinars que eles têm. Então o governo mesmo fornece informações sobre contabilidade, como fundar a empresa, networking, eles têm até um hackathon para desenvolver software”, explicou Klausner.

De acordo com os últimos dados atualizados no dashboard, o número de e-Residents atingiu a marca de 68.774, e demonstrou um aumento significativo ao longo dos anos. Diante da impossibilidade de imigrar para outro país devido a crise do COVID-19, o programa se torna um investimento potencial, já que possibilita naturalmente o trabalho remoto.

Work in Estonia é parte do Enterprise Estonia – uma fundação nacional pensada para apoiar o empreendedorismo financiado pelo programa de desenvolvimento de TIC’s na Estônia, bem como por fundos governamentais.

Você também pode gostar

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More