Durante o período de janeiro a novembro deste ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a medida oficial de inflação no Brasil calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou um aumento de 35,24% no custo das passagens aéreas para viagens entre cidades brasileiras.
A mais recente pesquisa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), realizada em outubro, confirma a tendência de aumento e revela que o preço médio das passagens aéreas atingiu R$ 741,47, considerando a correção pela inflação oficial.
Este valor representa o patamar mais elevado desde o início da análise em 2010. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve um aumento de 10,8%, quando o preço médio dos bilhetes era de R$ 669,12.
Um fator adicional contribuindo para a elevação dos custos das passagens aéreas é o aumento na cotação do querosene de aviação.
No ano de 2022, o querosene registrou um acréscimo de 48%, enquanto em 2023 apresentou uma redução de 12,6%.
Essa variação acumulada de 29,35% permanece substancialmente acima da taxa de inflação do período.
Voa Brasil
A iniciativa do programa “Voa Brasil” foi inicialmente anunciada pelo então ministro Márcio França (PSB) em março deste ano.
No primeiro comunicado de França, os beneficiários das passagens a R$ 200 incluiriam aposentados e pensionistas da previdência social, funcionários públicos municipais, estaduais e federais com salários de até R$ 6,8 mil, e estudantes participantes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
No plano original, cada pessoa teria direito a duas passagens por ano, além de uma para um acompanhante em cada trecho.
Os bilhetes poderiam ser parcelados em até 12 vezes com juros, e o valor mínimo da parcela estava estabelecido em R$ 72.
As passagens seriam disponibilizadas fora da alta temporada, excluindo os meses de dezembro, janeiro e julho.
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Negociações
Apesar do anúncio em julho de que o “Voa Brasil” começaria em agosto, o lançamento foi posteriormente adiado.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou nesta segunda-feira (18) que o programa “Voa Brasil” será adiado para o ano de 2024.
A iniciativa, que era prometida para este ano, tem como objetivo disponibilizar passagens aéreas a R$ 200 para determinados segmentos da sociedade brasileira.
O projeto foi anunciado em março pelo então ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB-SP), e já teve seu lançamento adiado em diversas ocasiões.
Costa Filho explicou que a ideia é que o Voa Brasil seja lançado agora na segunda quinzena de janeiro, e sua implementação terá início a partir de janeiro de 2024.
O ministro diz estar finalizando os detalhes desse pacote em colaboração com o governo, negociando com as companhias aéreas e delineando os públicos específicos que farão parte deste programa inicialmente.
Durante a coletiva de imprensa desta tarde, Costa Filho destacou que a pasta está trabalhando em conjunto com as companhias aéreas para explorar alternativas visando a redução do preço das passagens.
O ministro informou que três companhias aéreas se comprometeram com iniciativas para o próximo ano, com a perspectiva de oferecer trechos de viagens por até R$ 799.
Além disso, há planos para aumentar a disponibilidade de assentos nas aeronaves, proporcionando maior acesso aos serviços de transporte aéreo.