De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o trabalhador brasileiro deveria estar recebendo o valor de R$ 5.421,84 em junho, como salário mínimo para sua subsistência.
Esse valor é 4,93 vezes o salário mínimo atual, que é de R$ 1.100.
Esse cálculo é feito baseado em uma Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese.
Em junho, os dados indicaram que houve aumento no preço da cesta básica em dez das 17 capitais estudadas.
Segundo os dados desta pesquisa, a cesta básica mais cara foi encontrada em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, (R$ 645,38) e serviu como base para o cálculo do salário mínimo ideal.
A segunda cesta mais cara foi a de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, (R$ 642,31), seguida por São Paulo (R$ 626,76), Rio de Janeiro (R$ 619,24) e Curitiba, no Paraná (R$ 618,57).
Em relação às altas, os maiores percentuais de elevação foram registrados em Fortaleza (1,77%), Curitiba (1,59%) e Florianópolis (1,42%).
Por outro lado, as capitais com quedas mais intensas foram Goiânia (-2,23%), São Paulo (-1,51%) e Belo Horizonte (-1,49%).
Ainda com base no Dieese, o valor do salário mínimo ideal representa um aumento em relação ao mês anterior. Em maio, ele deveria ter sido de R$ 5.351,11, ou seja, 4,86 vezes o piso em vigor.
Em junho, para poder adquirir todos os os produtos da cesta básica, o trabalhador brasileiro tem que trabalhar, 111 horas e 30 minutos (média entre as 17 capitais), segundo o Dieese.
O prazo foi um pouco menor do que no mês anterior (maio), quando o tempo foi de 111 horas e 37 minutos.
Agora, na comparação do custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente a 7,5% da Previdência Social, ficou constatado que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em junho, na média, 54,79% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
Em maio, este percentual foi de 54,84%. Pesquisas à parte, o fato é que a realidade do trabalhador brasileiro está bem longe da que seria a ideal.
Chegar ao fim do mês e ainda ter algum trocado no bolso é para poucos.
Por: Ana Luzia Rodrigues
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