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Pesquisa mostra que o salário mínimo deveria ser R$ 5.351,11, entenda

Atualmente, o salário mínimo é de R$1.100, no entanto, deveria ser de pelo menos R$ 5.351,11. Esse valor leva em consideração o preço médio da cesta básica para uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

É 4,86 vezes o salário mínimo atual, segundo o levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O estudo é feito com base na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) que demonstra o aumento considerável no preço da cesta básica durante o mês de maio.

Para verificar esses dados, são analisados mensalmente os preços de produtos básicos em 17 capitais. Continue conosco e veja quais  foram os preços encontrados.

Pesquisa Nacional

O levantamento contínuo dos preços de produtos essenciais para o sustento familiar, foi implantada em São Paulo em 1959.

Esse trabalho ficou conhecido como Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, e tem como objetivo utilizar os dados coletados para que seja feito o cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV).

Real, dinheiro, moeda / Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Ao longo dos anos, a pesquisa foi estendida para outras capitais, permitindo a comparação de custos dos principais produtos consumidos no país. 

Assim, foi estabelecido que a cesta básica possui 13 produtos alimentícios para garantir, durante um mês, o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta.

Portanto, é analisado o preço médio, o valor do conjunto dos produtos e a jornada de trabalho que um trabalhador precisa para adquirir a cesta. 

Valores

Conforme a pesquisa, a cesta mais cara foi encontrada em Porto Alegre por nada menos que R$ 636,96. São Paulo e Florianópolis aparecem logo em seguida, totalizando R$636,40 e R$ 636,37, respectivamente.

Apenas duas tiveram quedas neste valor: Aracaju e Salvador. Veja o preço médio da cesta básica e as variações mensais nas cidades estudadas: 

  • Porto Alegre: R$ 636,96 (+1,73%);
  • São Paulo: R$ 636,40 (+0,60%);
  • Florianópolis: R$ 636,37 (+0,29%);
  • Rio de Janeiro: R$ 622,76 (+0,12%);
  • Vitória: R$ 616,96 (+0,98%);
  • Curitiba: R$ 608,89 (+4,33%);
  • Brasília: R$ 588,24 (+0,15%);
  • Campo Grande: R$ 575,01 (-1,92%);
  • Goiânia: R$ 564,04 (+1,40%);
  • Fortaleza 532,21 (+1,32%);
  • Belém 515,84 (+1,97%);
  • Natal 501,70 (+4,91%);
  • João Pessoa 491,63 (+0,32%);
  • Recife 480,80 (+1,97%);
  • Salvador 470,14 (+2,75%);
  • Aracaju 468,43 (-0,26%).

Vale destacar que nos cinco meses de 2021, as capitais com os principais aumentos foram Curitiba (12,68%), Natal (9,35%), Porto Alegre (3,46%), João Pessoa (3,46%) e Florianópolis (3,38%). A maior queda no mesmo período foi de -1,87%, em Salvador.

Ao compararmos o custo entre maio de 2020 e maio de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. 

Previdência Social

A pesquisa mostra ainda que, se compararmos o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%).

Diante disso, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu no mês de maio, a média de 54,84% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos. Em abril, o percentual foi de 54,36%.

Média de salário

Para que possamos comparar a alta da cesta básica, o levantamento também destaca o valor médio do salário mínimo ao longo dos últimos meses. Veja o que o trabalhador deveria receber para suprir suas necessidades básicas de mordia, alimentação, higiene e saúde:  

  • Janeiro: R$ 5.495,52;
  • Fevereiro: R$ 5.375,05;
  • Março: R$ 5.315,74;
  • Abril: R$ 5.330,69;

No entanto, a realidade é bem diferente: conforme o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), responsável por apresentar a estimativa inicial do salário mínimo para o próximo ano, era de um aumento de R$ 47 no bolso dos trabalhadores.

Mas há uma nova projeção de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) cresça 5,05% em 2021. Se isso se cumprir, o salário mínimo pode chegar à R$ 1.155,55.

Por Samara Arruda com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)

Samara Arruda

Jornalista há 10 anos, já atuou na redação de revistas e jornais locais de MG e na produção de conteúdo para redes sociais. Atualmente, se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil

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