No inĂcio de fevereiro, a Petrobras anunciou um investimento de R$ 90 milhões em pesquisas voltadas para o uso de hidrogĂŞnio sustentável na geração de energia. O projeto foi confirmado por meio de um termo de cooperação com o Senai de Energias Renováveis (Senai-ER), que ficará responsável pela construção da planta inicial dos estudos, que será sediado na Usina Fotovoltaica de Alto Rodrigues, no Rio Grande do Norte.
O foco das pesquisas Ă© descobrir quanto hidrogĂŞnio pode ser produzido ao combinar a eletrĂłlise da água com a energia solar. Esse hidrogĂŞnio de baixo carbono será misturado com gás natural para manter alguns equipamentos do local funcionando; caso os resultados sejam positivos, será possĂvel desenvolver uma fonte energĂ©tica mais econĂ´mica e sustentável.
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A geração de hidrogĂŞnio atravĂ©s da eletrĂłlise da água nunca foi um mĂ©todo considerado viável, já que exige um tempo maior e produz uma quantidade bem menor que a obtida atravĂ©s de combustĂveis fĂłsseis. A ideia Ă© aumentar o processo de eletrĂłlise atravĂ©s da energia solar, acelerando a produção de forma 100% sustentável e eliminando a emissĂŁo de gases poluentes na atmosfera.
O projeto terá duração de três anos, com previsão de trazer resultados mais concretos somente a partir de 2027.
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Energia solar no Brasil
Apesar de ainda estar longe de ser considerada uma fonte de eletricidade popular e acessĂvel, a expansĂŁo da energia solar continua progredindo continuamente no Brasil. Em janeiro de 2024, foram gerados mais de 38 gigawatts via painĂ©is solares, considerando usinas de grande porte e sistemas particulares, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
A Absolar aponta que, entre 2012 e 2023, foram investidos mais de R$ 130 bilhões em sistemas fotovoltaicos pelo paĂs. SĂŁo mais de 2,3 milhões de adeptos Ă energia solar, o que atualmente representa 26,3 GW da geração energĂ©tica total; já as usinas solares de grande porte sĂŁo responsáveis por aproximadamente 11,7 GW, indicando que o uso particular continua predominando em territĂłrio brasileiro.O maior desafio ainda recai na adesĂŁo das placas fotovoltaicas, que custam um preço elevado para a maioria da população e sĂŁo pouco acessĂveis. Uma das medidas adotadas para contornar a situação Ă© a energia solar por assinatura, que permite aos usuários receber descontos na conta de luz mediante serviço com cobrança recorrente, sem a necessidade de instalar um sistema fotovoltaico em sua prĂłpria casa.