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— Isso é um absurdo. As empresas estão com vendas reduzidas em quase todos os setores. É claro que um aumento do PIS/Cofins prejudica ainda mais os negócios e o desempenho da economia — afirma o tributarista Gustavo Brigagão, sócio do Ulhôa Canto Advogados.
Ele ressalta que o STF apenas corrigiu uma distorção que havia na estrutura tributária. A maioria dos ministros entendeu que o ICMS não pode fazer parte da base de cálculo do PIS/Cofins porque não é uma receita que pertence ao contribuinte, e sim aos estados. Brigagão destaca, ainda, que o governo tem usado o PIS/Cofins para reforçar a arrecadação porque não precisa partilhar essas contribuições com estados e municípios.
O presidente do Sinditelebrasil, Eduardo Levy, ressaltou que as teles são absolutamente contra todo e qualquer aumento de imposto:
— O setor de telecomunicações já é cobrado em quase metade do serviço. Hoje, uma pessoa que usa R$ 100 por mês paga R$ 150. Não podemos aceitar qualquer aumento de tributo, seja qual for o motivo.
O tributarista Niedson Melo, sócio da Niedson Melo Advocacia, lembra que ainda há chance de a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) apresentar recurso, então um aumento de alíquotas pode se mostrar precipitado:
— No Brasil, não há clima para aumento de carga tributária.
A ideia da equipe econômica seria editar uma medida provisória (MP). Isso, porém, é pouco provável. Temer decidiu se afastar de temas polêmicos — e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avisou que não pautará projetos que aumentem impostos. Interlocutores de Temer disseram que a discussão sobre o PIS/Cofins sequer chegou à Casa Civil. — Essa discussão de MP não chegou para a gente analisar, mas a tendência é não mandar isso para o Congresso. É um desgaste desnecessário neste momento — afirmou um auxiliar do presidente.
Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, em Washington, que vai decidir, no início da próxima semana, sobre o envio de um projeto de lei ou de uma MP:
— São estudos preliminares, feitos pela área técnica, para avaliar se há a necessidade de alguma medida para atingirmos um ponto de neutralidade. Não há nenhuma intenção de aumento de carga tributária. Via Época