O Pix (sistema de pagamento instantâneo do Banco Central), será mais um instrumento para reduzir o volume de papel-moeda em circulação no país. O uso de dinheiro em espécie, tem alto custo para a instituição e para os bancos.
É o que acredita o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, disse a Agência Estado.
“O papel-moeda é caro para autoridade monetária e para sistema financeiro. Transportar papel-moeda em um país continental é caríssimo, estimamos um gasto de cerca de R$ 10 bilhões por ano com empresas de transporte de valores, sem contabilizar outros custos de segurança pública”, afirmou, em participação no evento C4 Virtual Experience, organizado pela Blueprintt.
Ele também comentou o processo de lançamento da cédula de R$ 200 no inicio de setembro, que segundo Mello foi para suprir a demanda por papel-moeda na pandemia, especialmente devido ao pagamento do auxílio emergencial pelo governo a desempregados, trabalhadores informais e beneficiários de programas sociais.
“O BC não vai se furtar a ofertar moeda quando houver demanda social, como ocorreu durante a pandemia. Mas a ideia no médio e longo prazo é processo contínuo de digitalização e substituição de papel-moeda. O PIX é mais um instrumento nessa direção”, completou.
Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha – jornalista do Jornal Contábil