O melhor a se fazer é planejar. A consultora de gestão financeira e sócia na Gontijo Soluções, Georgiane Gontijo de Oliveira, explica que é preciso definir as prioridades no orçamento.
“A primeira coisa a se fazer é quitar as dívidas. Se for com loja, com banco, aluguel atrasado, prestação de casa ou apartamento, cheque especial e cartão de crédito, ou mesmo uma contra atrasada de energia, tudo isso precisa ser pago. Se o dinheiro não for suficiente, negocie, mas não deixe virar uma bola de neve. E se ainda der para guardar um pouco, bom”, diz.
Depois de fazer o dever de casa, se precisar ir às compras ou quiser aproveitar as promoções de janeiro, pode, mas com uma ressalva: “Cuidado com as compras parceladas e de itens desnecessários. O melhor é sempre pagar à vista e não se comprometer financeiramente com contas a longo prazo. Compre o que for realmente necessário, busque por promoções de verdade. Não gaste mais do que você ganha”, aconselha.
Ela explica que ao quitar as dívidas as pessoas abrem crédito novamente e o gasto precisa ser mais consciente.
“Para quem anda com as finanças na corda bamba, o ideal é estabelecer um teto de gastos e fugir de dispêndios excessivos”, ressalta.
A especialista lembra que as contas extraordinárias de início de ano, como despesas como IPVA e seguro, IPTU, material escolar, rematrícula, entre outras despesas não podem se acumular com parcelas de compras do fim do ano passado .
“Se for possível pagar IPTU e IPVA, que normalmente vêm com desconto à vista, melhor ainda”, pondera Georgiane.
Enquanto muitos se enrolam nas dívidas, outros conseguem se planejar e se dar de presente, fazer uma viagem, dar entrada em um carro mais novo e realizar sonhos.
“Não é o quanto a pessoa ganha. Há profissionais que ganham muito bem, mas não têm controle financeiro, vivem devendo e no aperto, chegam ter bens penhorados. Já outros, nem ganham tão bem assim, mas vivem de forma equilibrada, gastam o que podem, tentam comprar mais à vista, deixar as vezes de ter para não dever, enfim pensam mais no futuro, em zelar pelo nome e em estar em paz com o travesseiro”, conclui.