Foto: Isac Nóbrega/PR
Visando a permanência na presidência da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), tem promovido uma série de ações governamentais na intenção de atingir dois objetivos.
O primeiro se relaciona à elevação dos níveis de aprovação da gestão em execução, junto à tentativa de anular quaisquer adversários públicos na próxima disputa ao eleitorado de 2022, que é o seu segundo objetivo.
Em julho, Bolsonaro decidiu intensificar a agenda de viagens pelo Brasil, e a ação tem mostrado resultados através de vários novos convites feitos por aliados de partidos do Centrão como o Progressistas, PL, e até mesmo, algumas siglas de esquerda como o PSB, ao participar de inaugurações de atos políticos.
No final do mesmo mês, o presidente visitou as cidades de São Raimundo Nonato (PI), Campo Alegre de Lourdes (BA) e Bagé (RS).
Neste mês de agosto já esteve em São Vicente, cidade da Baixada Santista (SP), em Pelotas e Barra do Ribeiro, ambas no Rio Grande do Sul.
De acordo com apoiadores de Bolsonaro, a ideia do presidente é visitar o máximo de estados possíveis, dominados pela esquerda ou aqueles cujos governadores têm algum potencial eleitoral.
Os municípios de Campo Alegre, São Vicente e Pelotas são três fortes exemplos à premissa, tendo em vista os respectivos representantes.
Neste sentido, a agenda presidencial já apresenta outras viagens programadas, desta vez, para o Belém (PA) e Rio de Janeiro (RJ), com a previsão de se dirigir ao Maranhão até o final deste ano.
Paralelo às visitas, o Governo Federal está em fase de elaboração de um novo programa que resultará na substituição do Bolsa Família, além da unificação de alguns outros.
O Renda Brasil será um benefício direcionado para famílias de baixa renda que serão contemplados com recursos no valor máximo de R$ 300,00 mensais.
Além disso, há a previsão de reformular o Minha Casa Minha Vida, bem como, medidas de estímulo específicas para a economia nordestina, na tentativa de seduzir os eleitores da região que se posicionam efetivamente contra o atual Governo.
A ideia do Governo Federal é para que o Projeto de Lei que dispõe sobre o novo programa seja enviado para análise e apreciação do Congresso Nacional até o final do mês de outubro.
No que se refere às modificações no novo programa habitacional, a previsão é para que seja lançado no início de 2021.
Já a proposta direcionada aos nordestinos, corresponde à viabilização de uma linha de crédito anual de R$ 25 bilhões por meio de instituições públicas como o Banco do Nordeste e a Caixa Econômica.
No geral, o programa prevê o desenvolvimento socioeconômico do semiárido, principalmente, após o aproveitamento racional dos recursos naturais do bioma da caatinga nos setores da agropecuária.
A ação possibilita a integração de pequenos produtores rurais ao grande circuito do agronegócio, não apenas diante dos recursos, mas também, com a assistência técnica, consultoria e aquisição da produção.
Segundo os assessores de Bolsonaro, pesquisas realizadas internamente pelo Governo, têm mostrado que, o pagamento do auxílio emergencial devido aos impactos econômicos da pandemia da Covid-19, elevou a popularidade do presidente, principalmente entre os nordestinos que integram o grupo dos mais vulneráveis.
A proposta do Planalto está na reformulação de políticas públicas específicas à população de baixa renda.
De acordo com o entusiasmo do próprio presidente, ele alega já ter ganhado as próximas eleições com base nas pesquisas.
O mesmo cenário pode ser visto dentro do Planalto, na presença de um piso de pelo menos 30% do eleitorado.
Diante dessas ações, o intuito é de que Bolsonaro possa iniciar sua campanha à reeleição com uma média de 35% de intenções de voto.
“Fazer qualquer previsão neste momento é difícil. Bolsonaro tem um forte capital político, mas ele pode crescer ou cair, dependendo de vários fatores como a economia, uma segunda ou terceira onda do coronavírus, entre outros”, afirmou o presidente do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.
É possível observar que Bolsonaro tenta, através dessas ações, repetir a mesma campanha das eleições 2018, iniciada desde 2015 quando se posicionou contra o Partido dos Trabalhadores (PT), se posicionando como forte protagonista em atividades contra o partido, como nos protestos a favor do impeachment da então presidente, Dilma Rousseff, por exemplo.
Além da intensa agenda de visitas e tentativa de conquistar os nordestinos, ações de Bolsonaro também visa uma aliança junto ao Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), no intuito de evitar atritos.
Entretanto, desavenças com os demais poderes, apresentam um forte potencial que ainda pode desgastar a imagem do presidente até 2022.
No caso do STF, desde que o presidente moderou os ataques contra a Corte, percebeu uma melhora significativa nos índices de aprovação popular.
No entanto, Bolsonaro ainda trabalha na tentativa de estabelecer uma base mais concreta no Congresso Nacional, que possa garantir a aprovação dos projetos além de defender as investidas e críticas da oposição.
Um bom exemplo pode ser visto na aliança com o Centrão através da distribuição de cargos, bem como na tentativa de atrair o MBD por meio do ex-presidente, Michel Temer, para a liderança da missão humanitária brasileira em auxílio ao Líbano.
Um ponto que ainda não foi definido pela estratégia de reeleição de Bolsonaro, se refere ao ritmo das obras para ele conquistar a simpatia da população brasileira.
Neste sentido, um ala do Governo defende a aceleração dos gastos para que a maior parte das obras em andamento estejam prontas até 2022.
Em contrapartida, o ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita que, o equilíbrio e contenção dos gastos públicos, o que significa menos inaugurações, se trata da melhor estratégia.
Por: Laura Alvarenga
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