Economia

Planos de Saúde: índice de reajuste deve ser anunciado em maio

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) divulgou nesta segunda-feira (24) o balanço econômico-financeiro do setor em 2022. Segundo a Agência houve um prejuízo operacional de R$ 11,5 bilhões, os planos de saúde médico-hospitalares tiveram o pior resultado desde o início da série histórica, em 2001. 

A Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) diante deste cenário crítico, alerta  para o impacto nos reajustes dos planos individuais e familiares, que devem ocorrer em maio.

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O reajuste

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Tudo indica que o reajuste do plano de saúde em 2023 deve ter um aumento entre 10% e 12% para os contratos individuais.

Essa é uma previsão do banco Citi, que levou em consideração os números da ANS nos primeiros nove meses de 2022 e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 5,79% do ano passado.

No que diz respeito aos planos empresariais e coletivos, ainda não há nenhum tipo de previsão de quanto será o aumento. 

Já sobre os planos empresariais e coletivos por adesão ainda não se tem uma projeção do quanto haverá de reajuste, e o percentual deve ser divulgado no segundo semestre.

Atualmente, os contratos individuais e familiares, cujo aumento máximo é controlado pela ANS, representam o menor contingente de usuários de planos de saúde.

Em 2022, a ANS estipulou como teto para o reajuste dos planos individuais o percentual de 15,50%, o mais alto da história da agência.

O aumento dado no ano passado de 8,19% é válido até o final deste mês. O que significa que em maio terá um novo reajuste nos valores.

Mesmo sendo o percentual mais alto desde o ano 2000, o reajuste dos planos individuais foi bem inferior ao dos planos empresariais e coletivos por adesão, que subiram mais de 20%.

Segundo dados da Fenasaúde, entidade que representa os planos, entre 2021 e 2022, as receitas dos planos de saúde cresceram 5,6%, enquanto as despesas aumentaram 11,1%.

Um dos principais indicadores do setor, o índice de sinistralidade chegou a 89,21% no quarto trimestre. Isso indica que a cada R$ 100 da receita dos planos, R$ 89,21 foram destinados ao pagamento de despesas assistenciais com consultas e exames.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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