Todo ano, quando dezembro dá lugar a janeiro, muitas pessoas aguardam com expectativa os dias de calor, as férias e as promessas de um ano novo. Mas, enquanto uns fazem planos para a praia ou churrascos com amigos, outros vivem momentos de apreensão. Janeiro, infelizmente, tem sido sinônimo de catástrofes naturais no Brasil. Mas por que isso acontece com tanta frequência? Vamos entender as causas e relembrar alguns dos episódios marcantes dos últimos anos.
Primeiro, é importante lembrar que o Brasil é um país tropical, e isso significa que o verão é caracterizado por chuvas fortes, especialmente no sudeste e no nordeste. Janeiro está bem no meio dessa estação chuvosa, o que naturalmente aumenta a probabilidade de problemas. Mas não é só isso: o volume das chuvas, combinado com a ocupação desordenada das cidades, deixa muitos locais vulneráveis a deslizamentos de terra, enchentes e alagamentos.
Um dos fatores que potencializam essas chuvas é o Fenômeno La Niña, que altera os padrões climáticos globais e, em alguns casos, intensifica as precipitações em determinadas regiões. Embora nem todos os janeiros sejam influenciados por esse fenômeno, ele é um agravante em muitos cenários.
A combinação de fatores naturais, como o regime de chuvas, e problemas estruturais, como a ocupação irregular, cria uma receita para o desastre. Muitas cidades brasileiras cresceram de forma desordenada, com habitações construídas em encostas, áreas alagáveis ou sem infraestrutura adequada para drenar grandes volumes de água. E, mesmo sabendo disso, pouco é feito para mitigar os riscos.
Outro ponto importante é a falta de educação e conscientização da população sobre os perigos. Muitas vezes, as pessoas permanecem em áreas de risco mesmo após alertas, seja por falta de opções ou por desconhecimento das consequências.
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E não podemos esquecer das mudanças climáticas, que vêm intensificando eventos extremos em todo o mundo. Ondas de calor mais intensas, chuvas mais volumosas e desastres naturais mais frequentes são reflexos das alterações no clima global. Janeiro de 2023, por exemplo, registrou chuvas acima da média em diversas regiões do Brasil, causando novos alagamentos e deslizamentos.
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Primeiro, é essencial investir em planejamento urbano. Cidades resilientes são aquelas que conseguem mitigar os impactos de desastres naturais, com sistemas de drenagem eficientes, zonas de proteção ambiental e infraestrutura robusta. Mas isso exige vontade política e recursos financeiros.
Além disso, programas de educação e conscientização podem salvar vidas. Informar a população sobre os riscos e como agir em situações de emergência é fundamental. Mas precisamos também de sistemas de alerta e resposta rápidos, que garantam a segurança das pessoas antes que o pior aconteça.
Por fim, não há como ignorar o impacto das mudanças climáticas. Reduzir emissões de gases de efeito estufa, proteger florestas e adotar práticas sustentáveis são passos necessários para evitar que os eventos extremos se tornem ainda mais intensos.
Janeiro pode continuar sendo um mês de chuvas fortes e desafios naturais, mas não precisa ser sinônimo de tragédia. Com prevenção, planejamento e responsabilidade, é possível virar essa página e garantir um futuro mais seguro para todos.
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