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Pós-pandemia: Qual será o futuro do Home-office?

por Gabriel Dau
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A pandemia provocou diversas adaptações no cotidiano das pessoas em todo o mundo.

Mudanças de hábito, distanciamento social, práticas de isolamento, suspensão de eventos noturnos, alteração de calendário para shows e, principalmente, o advento da prática do home-office.

O trabalho de casa é considerado uma prática de vanguarda há tempos e apontado como paliativo eficiente para as dificuldades da vida nas grandes metrópoles.

Aos poucos, principalmente em razão da quarentena, o modelo se transformou em realidade na maior parte das empresas, sendo que sua aprovação ainda divide opiniões.

Este sentimento é reforçado por uma pesquisa feita pela Toluna, em parceria com a Zoho, que indica que metade (49%) das empresas brasileiras ainda não decidiram o futuro de seus colaboradores pós-pandemia.

O estudo foi feito com 850 brasileiros, sendo 450 deles empresários e tomadores de decisão.

Mesmo que existam pessoas que consigam produzir, uma boa fatia dos trabalhadores que não tinha experiência com este formato tem dificuldades.

A estrutura é o primeiro ponto: faltam cadeiras, mesas, iluminação e um ambiente favorável para a execução de tarefas.

Somado a isso, a divisão do espaço e do tempo com os filhos na residência é outro empecilho.

São fatores que contribuem para a falta de disciplina, ocasionada por distrações.

Sob a perspectiva das empresas, ficam evidentes os desafios da gestão.

Líderes e gestores mais habituados ao monitoramento e controle das tarefas não tiveram muito tempo para se adequar a esta realidade, antes do decreto da quarentena.

Além disso, o trabalho em casa exige das empresas investimento em infraestrutura e tecnologia que forneçam meios eficazes de comunicação.

Fora isso, em diversas regiões do país a internet rápida não é uma realidade.

Por necessidade, muitos têm encontrado alternativas para que as rotinas funcionem.

Porém, são recorrentes as reclamações relacionadas ao aumento da carga de trabalho, da sequência maior de reuniões e da falta de espaço para o tradicional “cafezinho” com os colegas que, por mais que diminua as distrações, também desumaniza o cotidiano pela falta de geração de sinergia e alinhamento presencial entre colaboradores e times.

Embora não exista uma regra que indique eficiência na produtividade, algumas práticas tendem a ser úteis durante o home-office.

Entre elas, reforçar o alinhamento de expectativas e prioridades, ter check-points formais e regulares, enfatizar métricas e indicadores, usar ferramentas que facilitem as ações e, principalmente, sempre se lembrar que o trabalho é feito por pessoas e que a chave para a construção de resultados é a confiança.

De toda forma, é possível que, quando as atividades presenciais forem retomadas, muitas empresas devem voltar ao antigo modelo.

As mudanças sempre trazem questionamentos.

Às vezes, só as suportamos por necessidade.

No entanto, o apelo ao habitual pode falar mais alto nas atuais circunstâncias.

E só o tempo dirá quanto de trabalho remoto persistirá após a pandemia.

Mas, algo é certo: aprendemos e amadurecemos com esta alternativa.

Por: Elemar Júnior, CEO da ExímiaCo

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