Carreira

Precificação de serviços: Dicas de como os freelancers podem cobrar por seus serviços

O mercado freelancer tem crescido consideravelmente nos últimos anos. De acordo com o relatório de uma das plataformas que oferecem esse tipo de serviço no mundo, a Workana, houve um aumento de 42% no número de profissionais inscritos somente durante o primeiro mês de pandemia de covid-19.

Embora 45% dos entrevistados tenha revelado que alguns projetos foram cancelados em primeiro momento da pandemia, esse é um mercado em ascensão.

De acordo com o relatório de 2020 da Workana, algumas empresas que antes não contratavam freelancers já sinalizam interesse por esses profissionais. É o caso, por exemplo, de companhias de engenharia, finanças e direito.

O cenário é promissor para profissionais que desejam fazer renda extra ou mesmo gerenciar a carreira por conta própria, abandonando de vez o escritório formal e aderindo ao trabalho remoto de maneira definitiva.

As facilidades oferecidas por essa modalidade são sedutoras: gerenciamento do próprio tempo, possibilidade de escolha de projetos, não precisar lidar com o trânsito entre outras.

Em contrapartida, são necessárias habilidades como organização e disciplina para o cumprimento dos prazos. Trabalhar de casa tem inúmeras vantagens, mas abre mais espaço para a procrastinação. É preciso estar em vigília constante para não cair em armadilhas.

Quem opta por seguir nesse caminho esbarra em um desafio: a precificação dos serviços. Há vários pontos a serem considerados para que o valor cobrado não seja nem muito acima – a ponto de afastar os clientes – nem barato demais, de modo a desvalorizar o investimento feito em formação, qualificação e a mão-de-obra do profissional.

Planejamento e análise de custos

Começar a atuar como freelancer é um empreendimento e, como tal, precisa ser feito com seriedade – especialmente se a ideia for transformá-lo na principal fonte de renda.

É importante fazer uma análise de custos que considere todos os gastos necessários para o exercício da atividade: do valor gasto com o notebook ao lanche que o profissional faz durante o tempo em que está trabalhando.

Business people meeting to discuss the situation on the market.

Essa planilha precisa envolver também informações como: energia elétrica, internet, água, telefone, celular, transporte (caso precise fazer reuniões presenciais), café, papel, caneta e qualquer tipo de material e equipamentos que sejam necessários para o cumprimento das obrigações acordadas.

Uma análise de mercado é fundamental para garantir uma precificação adequada. Nessa pesquisa será preciso investigar a concorrência, as características da região e o valor a ser investido para que o negócio comece a funcionar.

Assim será possível estabelecer critérios para a cobrança de acordo com o tipo de trabalho oferecido. Um designer, por exemplo, pode cobrar por hora, enquanto um redator por quantidade de palavras ou complexidade do projeto.

Uma das formas de calcular a hora trabalhada é dobrar o valor calculado com base na planilha de custos para que o profissional tenha lucro e não pague para trabalhar.

Mas esse cálculo pode variar de projeto para projeto e de acordo com a qualificação do prestador do serviço. Segundo o Sebrae, o valor cobrado também muda conforme o serviço oferecido, a experiência do freelancer e o prazo para a conclusão do trabalho.

Valorização da profissão

Em um mercado cada vez mais competitivo, valorizar o próprio trabalho é um ponto fundamental. A tendência é o profissional cobrar um preço baixo para conquistar mais clientes, mas isso é um erro.

O valor definido pela hora trabalhada precisa ficar claro no momento da contratação. Caso seja necessário, os critérios estabelecidos pelo profissional podem ser descritos e discutidos com o cliente.

Nesse momento é importante mostrar um portfólio bem montado que evidencie a qualidade do serviço prestado. O Sebrae considera essencial construir um nome respeitável e mostrar habilidade para se adaptar aos projetos dos clientes.

Aos profissionais em começo de carreira é importante mostrar os cursos que o qualificam para determinada atividade.

Para esses, ainda que seja necessário cobrar um preço mais modesto, é preciso que esse valor pague as contas, gere um lucro mínimo e não traga prejuízos.

Esther Vasconcelos

Estudante de nutrição e apaixonada por meios de comunicação, trabalhando atualmente como redatora no Jornal Contábil.

Recent Posts

INSS: confira o calendário de pagamentos de fevereiro

Milhões de pessoas ainda vão receber seus benefícios do INSS referentes ao mês de janeiro…

51 minutos ago

Brasil atinge 21,6 milhões de empresas ativas em 2024; Simples Nacional domina 84% do mercado

Introdução ao Relatório Jornal Contábil de Empresas no Brasil O Brasil encerrou 2024 com 21,6 milhões…

11 horas ago

Artigo: O empresariado brasileiro e o ano mais difícil na transição pós-reforma

A reforma tributária, solução para simplificar a tributação sobre o consumo, apresenta desafios significativos para…

12 horas ago

Inscrições para o Fies abertas até sexta-feira, dia 7. Veja como fazer

Se você participou de alguma edição do Enem, quer parcelar seus estudos e está tentando…

14 horas ago

Inteligência Artificial e os escritórios contábeis: uma parceria estratégica para o futuro

A inteligência artificial (IA) está transformando diversos setores da economia, e com os escritórios contábeis…

15 horas ago

Dia Mundial do Câncer: campanha estimula prevenção e INSS tem benefícios garantidos

Nesta terça-feira, dia 04 de fevereiro, é uma data dedicada ao Dia Mundial do Câncer.…

16 horas ago