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Presidente do TJRJ toma posse e quer aprimorar uso da tecnologia

Eleito presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) para o biênio 2021-2022, o desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira tomou posse hoje (5). Em seu discurso, ele avalia que a pandemia de covid-19 continuará a trazer novos desafios ao longo desse ano e defendeu o uso das ferramenta tecnológicas para preservar a excelência do trabalho.

“Está na hora de pensar, avaliar e decidir sobre a estrutura do Tribunal, tanto no âmbito interno em seus órgãos administrativos, como no externo, relacionado à atividade fim. O trabalho, em boa medida, passou a ser feito de casa e parece distante o retorno ao sistema pretérito”, disse. Figueira citou o uso da robótica e de aplicativos em determinadas funções.

Rio de Janeiro – O desembargador Henrique Figueira toma posse como novo presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A cerimônia ocorreu no edifício do TJRJ, com transmissão online. Estiveram presentes no local os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, e o governador do Rio de Janeiro em exercício, Cláudio Castro.

Ativismo judicial

Figueira disse ainda que a conciliação e mediação são essenciais para se reduzir o volume de processos. Também comentou sobre o ativismo judicial, o qual se daria, segundo ele, em duas vertentes. A primeira reflete uma ingerência significativa nos demais poderes, especialmente o executivo, com o objetivo de preservar a aplicação de normas.

“Nesse ponto, a atuação do juiz deriva em geral da inércia de entes públicos em cumprir os mandamentos constitucionais e legais, especialmente dos segmentos da saúde e da educação. Evidentemente, a medida judicial nesse caso é temerária, pois resolve um determinado conflito sem análise do largo espectro que apenas o administrador consegue perceber. Mas embora se observe eventuais abusos, tais decisões desnudam a urgente necessidade em aplacar as mazelas enfrentadas pelas pessoas. Jamais se pode perder de vista a formação humanista do juiz”, disse o presidente.

A segunda vertente do ativismo judicial, para ele, é caracterizada pela atuação no sentido de reduzir a desigualdade social. “Estreitar os laços com a sociedade é de primordial importância para que o Judiciário seja visto como instituição humanizada, atento aos problemas do Estado e às demandas das pessoas”, acrescentou.

Também foram empossados na cerimônia os desembargadores Ricardo Rodrigues Cardozo (corregedor-geral da Justiça), José Carlos Maldonado de Carvalho (1º vice-presidente), Marcus Henrique Pinto Basílio (2º vice-presidente), Edson Aguiar de Vasconcelos (3ª vice-presidente), e Cristina Tereza Gaulia (diretora-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro).

Balanço

Figueira sucederá o desembargador Claudio de Mello Tavares, que exerceu a presidência do TJRJ no biênio 2019-2020. Primeiro a discursar na cerimônia, o ex-presidente do Tribunal apresentou um balanço de sua gestão e citou o desafio da pandemia de covid-19. “Quis o destino que o segundo ano de minha gestão se desse de forma virtual. Possivelmente, é o nosso momento mais sensível desde a Segunda Guerra Mundial”, avaliou.

Segundo Tavares, apesar desse cenário, houve uma redução significativa do volume de processos em andamento que saiu de 10,6 milhões em 2018 para menos de 8 milhões no ano passado. Ele informou ainda que o ano de 2020 registrou o melhor índice de produtividade dos magistrados, chegando à média de 4.418 processos baixados por juiz. “O Poder Judiciário está permanentemente de pé e com as mangas arregaçadas”.

Tavares citou, entre outras medidas de sua gestão, a criação da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital e da Vara de Penas e Medidas Alternativas (Vepema), os convênios para dar celeridade a processos de dívida ativa e a digitalização de unidades. Lembrou ainda a implantação inédita de um Tribunal Especial Misto (TEM) para julgar o processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Fonte Agência São Paulo – Por Léo Rodrigues

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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