O mercado de capitais é um território de conjecturas e, por conta disso, com o passar do tempo, muitos mitos surgiram sobre investimentos.
Do tanto que essas mentiras foram contadas, as pessoas começaram a acreditar e disseminar mensagens equivocadas, o que fez com que muita gente tivesse medo de começar a investir.
Apesar dessas desinformações, tivemos um boom de cadastros na bolsa de valores brasileira, chegando a quase quatro milhões de investidores em 2021.
Com tanta gente nova entrando em um território ainda relativamente pouco conhecido e discutido, é necessário desmistificar esse universo e promover educação, propósitos estes que temos com o TC, uma das maiores plataformas de educação financeira e inteligência de mercado da América Latina.
Pensando nisso, reuni seis grandes mitos sobre o mercado de investimentos e vou explicar o porquê de não devermos perpetuá-los.
Há alguns anos, quando o investidor pessoa física não tinha o mesmo nível de acesso às informações que o investidor institucional e as ferramentas de apoio eram muito caras, é verdade que as pessoas com mais dinheiro tinham mais possibilidades de investir. Hoje, o cenário é muito diferente.
Afinal, com maior acesso à internet, à educação financeira e ao conhecimento sobre o mercado de capitais, liderado por plataformas e comunidades de investidores como o TC, é possível fazer operações com pouco dinheiro e começar a construir uma carteira lucrativa.
Além disso, antigamente, as corretoras cobravam mais taxas para a corretagem de aplicações financeiras e investimentos.
Hoje esse serviço pode até mesmo ser gratuito, e os sistemas de corretagem (online ou por aplicativo) facilitam bastante as operações. Tudo isso faz com que a premissa de que só quem tem dinheiro pode investir não passe de um mito.
Por convenção, as pessoas assimilam que a renda fixa e a poupança são investimentos sem nenhum risco, mas isso não é totalmente verdade. É claro que os riscos de investir nesses ativos, em comparação com a renda variável, são menores. Entretanto, já tivemos momentos da história em que a poupança de milhares de pessoas foi confiscada pelo governo, como no caso do período Collor.
Além disso, a rentabilidade da poupança só é contabilizada quando a aplicação faz aniversário. Assim, por exemplo, se você aplica o seu dinheiro no dia 10 de junho e precisa retirar esse dinheiro da poupança no dia 9 de julho, os rendimentos conquistados até ali serão perdidos, pois só são efetivados no aniversário de um mês da aplicação.
Outra situação que pode acontecer é o banco quebrar. Neste caso, você tem a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que restitui até R$250 mil ao investidor.
Ainda assim, esse dinheiro pode demorar a retornar para a conta e te impedir de conquistar o que deseja ou fazer novos investimentos. Logo, embora a poupança seja um dos investimentos mais seguros, com poucos riscos de perdas, ela não pode ser considerada de risco zero.
A renda fixa também passa pela convenção de não ter riscos para o investidor. Porém, assim como a poupança, essa garantia não é de 100%. A maioria dos investimentos em renda fixa são baseados em empréstimo de dinheiro para o governo.
A rentabilidade vem dos juros cobrados por esse empréstimo. Nesse caso, uma possibilidade remota, mas ainda sim possível, é o governo quebrar e não pagar mais esse juros. Além disso, apesar do nome “renda fixa”, a maioria dos rendimentos desse tipo de investimento variam de acordo com a taxa Selic, o que é sinal de volatilidade, ou seja, ganho e perda de dinheiro.
Um exemplo de renda completamente fixa, mas não 100% sem riscos, é o Tesouro prefixado. Esse investimento realmente não se altera com o tempo, já que possui uma taxa de rendimentos prefixada para um determinado período. Porém, se você retirar o dinheiro antes desse tempo terminar, você perde todos os rendimentos conquistados até ali.
Esse é um grande mito em diversas áreas. Do gerente de banco ao assessor de investimentos, todos trabalham para empresas e têm metas, objetivos e normas corporativas que, às vezes, podem causar um conflito de interesse entre empresa e cliente.
Claro que não é uma regra e existem excelentes profissionais que conseguem equilibrar muito bem esses interesses. Entretanto, há situações difíceis que podem afetar algumas indicações de investimentos. Nesse caso, é importantíssimo estar atento ao mercado e ao que é feito com as suas ações.
Então se intere do assunto, estude, investigue e esteja atento às suas movimentações financeiras. Muito dificilmente te farão perder dinheiro de propósito, mas podem estar evitando que tenha ainda maiores rendimentos.
O TC, como empresa independente, está a serviço do investidor pessoa física e oferece uma plataforma que vai te ajudar na melhor tomada de decisões.
É preciso ter muito cuidado com essa informação, porque não é só um mito, mas uma pegadinha para os investidores iniciantes.
No mercado de ações, dentre as várias formas de rendimentos, existem as operações com retorno a curto e longo prazo. Nos dois casos, independente do tempo, o investidor deve analisar e investir nas ações que ele acha que podem gerar mais lucros.
Porém, para realizar essa análise, não é necessário se atentar somente aos gráficos de valorização ou desvalorização das ações.
Na análise fundamentalista, ao menos, é necessário verificar todo o histórico da empresa, passando também pelos rendimentos anuais, governança, histórico da empresa, ações positivas, entre outros. Assim, dizer que o valor da ação é o que mais importa na avaliação de ativos é uma grande falácia.
Acredito que esse seja um dos maiores mitos do mercado de ações. Muitas são as histórias de pessoas que tiveram grandes lucros em pouco tempo com compra e venda de poucas ações. Claro que há casos que aconteceram e são reais, a questão é que são exceções e não uma regra.
Muita gente entra no mercado acreditando nessas grandes histórias e que será o próximo jovem milionário, mas não é bem assim que funciona. Para alguém conseguir resultados relevantes, é preciso estudar muito e fazer boas aplicações em renda variável.
Lembre-se: com grandes lucros sempre vem a possibilidade de grandes perdas também. Por isso, é importante conhecer bem esse universo e estar antenado às novidades das empresas em que você aplica seu dinheiro.
Seja para lucrar com rendimentos a curto ou longo prazo, é essencial coletar informações de credibilidade para tomar decisões assertivas de compra e venda de ações – e também para derrubar a maioria dos grandes mitos da área.
Assim, estude bastante, faça simulações de investimentos (por meio do gratuito Torneio de Carteiras do TC, por exemplo) e entre no mercado de ações consciente de como construir uma carteira para obter os melhores rendimentos possíveis.
Por: Pedro Albuquerque Filho, sócio fundador e CEO do TC.
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