Enquanto o presidente anuncia o cancelamento do projeto que dispõe sobre o Renda Brasil, o programa Pró-Brasil de autoria de militares e ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, continua com os trâmites a todo o vapor.
Isso porque, da mesma forma como o Renda Brasil precisa assegurar recursos diante do Orçamento da União, o Pró-Brasil também será custeado com o dinheiro público.
Mais precisamente, cerca de R$ 6 bilhões.
A diferença entre o debate da equipe econômica sobre o custeio de ambos os programas é que, de um lado há a intenção de congelar os pagamentos destinados às aposentadorias e pensões, visando remanejar o dinheiro para o Renda Brasil.
Em contrapartida, o intuito do Pró-Brasil é remanejar os gatos.
Contudo, a decisão do presidente Jair Bolsonaro sobre suspender a elaboração do Renda Brasil aconteceu após o ministro da Economia, Paulo Guedes, propor custear o programa mediante o congelamento do pagamento da aposentadoria.
Ciente de que a retirada de um direito do trabalhador para implementar um novo programa não se trata de uma medida justa, o presidente declarou que “essa palavra está proibida no Governo”, ao se posicionar sobre a suspensão do Renda Brasil.
A decisão de Jair Bolsonaro também foi tomada visando a conquista da classe mais vulnerável, a fim de, obter o apoio necessário para garantir a reeleição em 2022.
Tendo em vista que o Bolsa Família é um programa criado durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o atual chefe do Executivo nacional está focado na criação de novos projetos para deixar a marca dele na administração do país.
Neste sentido, os defensores de Bolsonaro observam que, o programa Pró-Brasil, representa o principal objetivo deste Governo, que é a visibilidade e a percepção de um gerenciamento em prol dos cidadãos brasileiros.
Perante a manutenção do Pró-Brasil, o ministro Paulo Guedes perde mais uma discussão junto ao presidente.
Isso porque, além de não apresentar um projeto que fosse viável para a implementação do Renda Brasil, ele se posicionou contra o programa desde o início, tal qual, no que se refere à proposta elaborada pelos militares.
Marcado por intrigas pessoais, durante uma reunião, houve a comparação do Pró-Brasil com o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), implementado durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, e que se tornou um destaque na época.
Além disso, outro ponto observado perante o projeto dos militares, está na desavença nítida entre Paulo Guedes e o ministro do Desenvolvimento, Rogério Marinho.
Em ocasiões anteriores, o ministro da Economia, já denominou Marinho como “fura-teto”, ao confrontá-lo sobre o posicionamento que dispõe sobre os gastos acima do teto constitucional.
Na oportunidade, Paulo Guedes acrescentou que, tal medida pode ser um fator relevante em um requerimento de impeachment contra o presidente no futuro.
Cabe lembrar que, foi este posicionamento que deu início à um comportamento desfavorável por parte de Jair Bolsonaro diante do ministro.
Por Laura Alvarenga
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