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Quais são as chances do Horário de Verão retornar neste mês?

O Horário de Verão voltou a ser discutido na esfera política desde o pedido especial do Ministério de Minas e Energia em agosto deste ano para saber da possibilidade de novamente aplicar a medida. No entanto, a decisão cabe ao Governo Federal. Lembrando que em 2019, o atual governo preferiu não mais usar a medida.

O Horário de Verão consiste em uma medida para aproveitamento máximo da luminosidade solar. O que pode gerar uma redução no consumo de energia elétrica, já que se utiliza mais a luz natural em relação aos aparelhos artificiais.

De acordo com pesquisas realizadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), mostraram que a aplicação do horário de verão em 2022 não trará benefícios para a operação do sistema elétrico do Brasil.

O estudo mostrou quais seriam os efeitos em adiantar o pico de consumo do período noturno para um horário em que ainda há sol, fazendo a geração da luminosidade solar reduzir a necessidade de ativar outras fontes que poderiam custar mais caro aos setores responsáveis.

No entanto, existe uma necessidade maior de informações atualizadas para que possam convencer a Presidência da República a voltar a aplicar o Horário de Verão.

O Ministério de Minas e Energia já tinha solicitado uma avaliação sobre o retorno do Horário de Verão por conta da crise hídrica e pressão dos setores da economia.

Para quem gosta do horário de verão, a notícia não é boa, ele não voltará em 2022. Isso porque o Operador Nacional do Sistema Elétrico anunciou que a medida não traria economia de energia real. Porém, não foi descartado que a medida ajudaria a atenuar, ainda que um pouco, o consumo nos horários de pico.

A história do horário de verão

O Horário de verão é a prática de adiantar os relógios uma hora durante os meses da primavera e do verão, com o objetivo de economizar energia nas regiões que mais recebem luminosidade solar nesse período do ano. Normalmente, os países que adotam essa medida avançam uma hora no início da primavera e retornam para o horário padrão (ou de inverno) no outono.

O horário de verão foi proposto pelo anglo-neozelandês George Hudson em 1895 e pelo inglês William Willett em 1907. Sendo utilizada pela primeira vez na cidade canadiana de Port Arthur, Ontário Setentrional, em 1908. O horário de verão foi aplicado em escala nacional pela primeira vez pela Alemanha e a Áustria-Hungria a 30 de abril de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, para poupança do carvão.

Cerca de trinta países usam o horário de verão pelo menos em uma área dos seus territórios. Grande parte das terras habitadas, no Hemisfério Norte, fica em altas latitudes, onde o inverno é mais rigoroso, com o Sol se pondo muito cedo e nascendo lentamente durante o dia. No verão, o inverso ocorre. É comum o dia ainda estar claro às 20 ou até às 22 horas. Por isso, nesses lugares o horário de verão faz uma grande diferença.

Na atualidade, boa parte dos países que adota a medida está situada nas regiões entre os trópicos e os polos. É possível citar os países membros da União Europeia, a maioria dos países que formavam a antiga União Soviética, a maioria do Oriente Médio (Irã, Iraque, Síria, Líbano, Israel, Palestina), parte da Oceania (Austrália, em parte do seu território, e Nova Zelândia), a América do Norte (Canadá, Estados Unidos e México), alguns da América Central (Cuba, Honduras, Guatemala, Haiti e Bahamas), e da América do Sul (Paraguai e Chile).

Horário de Verão no Brasil

Historicamente, o Horário de Verão tinha como principal objetivo a redução do consumo de energia elétrica a partir do melhor aproveitamento da luz natural com o adiantamento dos relógios em uma hora. Como nos últimos anos houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período da tarde, o Horário de Verão deixou de produzir os resultados para os quais essa política pública foi formulada, perdendo sua razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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