A vacinação contra a covid-19 no país atingiu mais uma marca importante neste final de semana: mais de 71 milhões de brasileiros receberam a primeira dose da imunização contra a doença.
Esse número representa a vacinação de 44% da população considerada apta a receber a imunização. Além disso, 25,5 milhões de brasileiros já completaram a segunda etapa da vacinação.
Os dados são da plataforma LocalizaSUS, disponibilizada pelo Ministério da Saúde que apresenta todo o andamento da campanha de vacinação no país.
Até a semana passada, o Brasil contava apenas com vacinas de duas doses para conclusão do ciclo vacinal, mas agora, também será feita a imunização através da vacina Janssen/Johnson & Johnson, que possui dose única.
Diante do maior número de marcas disponíveis, reunimos neste artigo quais são as vacinas que estão sendo oferecidas na campanha de imunização contra a covid-19. Confira!
Vacinas
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 287 imunizantes em desenvolvimento pelo mundo, sendo que oito são regulamentadas. Inicialmente, foram utilizadas no Brasil três imunizantes, são elas:
AstraZeneca: esta vacina foi desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford. No Brasil, ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A tecnologia empregada é o uso do chamado vetor viral e possui índice preliminar de 90% de eficácia a depender da dosagem aplicada.
Pfizer: essa vacina é da farmacêutica Pfizer e foi desenvolvida em parceria com o laboratório BioNTech.
Possui a tecnologia de RNA mensageiro, ou mRNA, que estimulam a resposta do sistema imune. Estudos mostram que esse imunizante reduziu as infecções sintomáticas pela doença em 97%.
CoronaVac: esta vacina foi desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e, agora, é produzida pelo Instituto Butantan.
Ela utiliza a tecnologia de vírus inativado (morto), que, ao ser injetado no organismo induz uma resposta imunológica. A sua eficácia primária é de 50,7%, podendo chegar a 62,3%.
Nova vacina
A vacina Janssen foi criada pelo grupo Johnson & Johnson e também se utiliza da tecnologia de vetor viral,- quando vírus que é geneticamente modificado para não se replicar em humanos.
Ela é aplicada em apenas uma dose e, na última semana, o Ministério da Saúde recebeu mais de 1,8 milhão de doses. Outras 3 milhões de doses da Janssen foram doadas pelo governo dos Estados Unidos para a imunização da população brasileira.
No último sábado, 26, parte da doação chegou ao Brasil e, imediatamente após a chegada das doses, o Ministério da Saúde coordenou o envio do imunizante para todos os estados e Distrito Federal.
Vacinas aguardadas
A vacina russa Sputinik-V deve ser a próxima utilizada no Brasil, devido à autorização de importação excepcional aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Seu uso será feito sob condições controladas e estudos mostram que possui eficácia de 97,6%. O governo também pretende disponibilizar a vacina indiana, que é produzida pelo laboratório Bharat Biotech.
O imunizante já apresentou 78% de eficácia e também atua em variantes, mas a sua aquisição segue na mira de investigação para apurar possíveis irregularidades. O contrato para aquisição da Covaxin é de R$ 1,6 bilhão com dispensa de licitação, para 20 milhões de doses e ainda não têm prazo de entrega.
É importante destacar ainda que, apesar de existir diferenças sobre a tecnologia utilizada e a eficiência, todas protegem quase 100% contra a forma grave da covid-19.
Por Samara Arruda