Contratar empréstimo é um assunto delicado, pois são tantas variáveis nesse processo, como prazos, taxas de juros e garantias, que se faz necessário ter consciência a respeito da capacidade de pagamento, além de um planejamento e acompanhamento do orçamento doméstico/empresarial.
Cada linha de crédito é orientada a um objetivo, e é difícil fazer uma recomendação generalizada: antes, é preciso entender a motivação da solicitação de crédito.
Para comprar um imóvel, há o financiamento imobiliário; para comprar um veículo, o financiamento automotivo; para estudos, financiamento estudantil; para negociar dívidas, crédito consignado ou home equity; para abrir um negócio, financiamentos ou home equity.
Por comodidade, é frequente o uso do cartão de crédito e do cheque especial como meios de resolver consumos emergenciais, mas essas modalidades têm juros significativos.
Quando há a verificação de um uso constante dessas linhas de créditos, deve-se avaliar a contratação de um empréstimo pessoal, que resolverá uma situação de curto prazo.
Já o empréstimo consignado, em que ocorre o desconto das parcelas diretamente da folha de pagamento ou da aposentadoria de quem solicita, geralmente é procurado por quem quer reorganizar suas finanças em decorrência de um custo efetivo total mais interessante em comparação ao empréstimo pessoal e outras modalidades de crédito direto ao consumidor.
Se o objetivo é a construção de patrimônio, as modalidades de financiamento costumam ser mais interessantes, por apresentarem taxas menores e prazo mais longo.
Do ponto de vista do empréstimo pessoal, dados de um estudo realizado pelo Serasa no ano passado mostram que o perfil que mais usa o consignado é o das pessoas acima de 60 anos (22,4%).
A faixa entre 18 e 25 anos são as que menos contratam essa modalidade, chegando a 11,1%.
Ao observar quem contrata o empréstimo consignado, a população acima de 50 anos é quem mais o utiliza (30%) e o menor uso foi observado entre jovens de 18 a 25 anos (2,4%).
Pegando como referência pessoas entre 30 e 45 anos, elas optam por financiamentos como o imobiliário e de veículo com frequência.
Empréstimos pessoais junto a bancos também são bastante acessados pela facilidade e disponibilidade nos aplicativos e acabam sendo uma alternativa ao rotativo do cartão e ao cheque especial.
Para contratar o home equity, por exemplo, a premissa é que a pessoa possua um imóvel, para então usufruir do crédito com garantia.
Geralmente, o público jovem ainda não constituiu um patrimônio imobiliário, o que inviabiliza o acesso a essa modalidade de crédito.
O home equity, de uma forma geral, é um crédito mais barato em comparação aos empréstimos oferecidos pelas instituições bancárias, com prazo maior de quitação.
Para uma pessoa que se desorganizou e atingiu um nível de superendividamento, essa modalidade traz fôlego para o fluxo de caixa mensal, já que o prazo proporciona prestações de valores mais baixos.
Para quem buscou o crédito com o objetivo de investir em um negócio, o prazo dá o tempo que a empresa precisa para não prejudicar o capital de giro, ao mesmo tempo que injeta os recursos a serem usados para expandir o faturamento.
A adesão ao home equity cresce a uma velocidade surpreendente, muito por conta das fintechs de crédito, que unem tecnologia à vantagens mais competitivas que as dos bancos tradicionais, tais como menores taxas e até flexibilidade de pagamento, com a possibilidade de adiar parcelas se for preciso.
Em termos gerais, as linhas de crédito são mais aderentes a objetivos, portanto é importante avaliar qual é o seu momento de vida na horada contratação do empréstimo para escolher aquele mais adequado ao propósito desejado.
E lembre-se sempre: o melhor crédito é aquele que cabe no seu orçamento e se adapta às suas necessidades.
*Fernando Miranda é coordenador de Branding da Pontte
*Paula Bazzo, CFP®, é Planejadora e Educadora Financeira da SuperRico
Sobre a Pontte
A Pontte é uma plataforma de crédito digital que nasceu para construir um crédito muito mais humano, justo e flexível. Operando no mercado desde 2019, foi criada para mudar a relação desigual entre quem pega o empréstimo e quem oferece os recursos, combinando eficiência, atendimento dedicado e tecnologia para oferecer taxas de juros mais baixas, prazos de pagamento mais longos e mais controle sobre o contrato. Em 2021 ganhou dois grandes destaques: foi selecionada para o Programa Scale-Up Endeavor Fintech 2021, que através de projetos de mentorias busca orientar e acelerar o crescimento de fintechs por meio de conexões com redes de especialistas de todo o Brasil; foi indicada ao “100 Startups do Watch 2021” na categoria Finanças, fruto de uma parceria realizada entre Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Época Negócios, EloGroup e InnoVc. O mapeamento mostra as startups com potencial para se tornarem líderes e receberem aportes de empresas, governos e aceleradoras.