O índice foi medido em comparação com o último semestre do ano de 2019. A constatação foi de queda acentuada para famílias com rendas mais baixas.
O alto percentual de desemprego no país influenciou para essa diminuição de renda dos brasileiros, no momento atual o Brasil vive uma situação fiscal preocupante. Tudo isso recai sobre o aumento da desigualdade.
Dados divulgados pelo FGV Social
Os dados reunidos através do estudo demonstraram um percentual de 9,4% de queda sobre a renda média individual do brasileiro.
A população com rendas mais baixas sofre ainda mais conforme as informações, a queda é de 21,5%. Segundo Marcelo Neri, diretor da FGV Social o desemprego é um fator relevante para essa queda considerável.
Cerca de 11,5% do percentual de 21,5% foi ocasionado pela falta de empregos, o estudo indica que mulheres e idosos foram os que mais sofreram com o desemprego. Muitos indivíduos tiveram que se retirar ou foram retirados do mercado trabalho sem a perspectiva de volta, ou de conseguirem outra fonte de renda.
Ademais, a redução da jornada de trabalho e o aumento da inflação contribuem para a queda extremada na renda da população brasileira.
Composição do cenário de estudo
O cenário de queda severa é composto pelos fatores já mencionados, inflação e desemprego. As estimativas do IPEA sobre os 12 meses decorridos até o mês de julho do deste ano registrou um percentual de 10,05% de inflação para as pessoas de baixa renda.
O percentual da inflação registrada para os menos favorecidos está três pontos acima da inflação registrada para as pessoas com rendas mais altas.
A FGV Social também registrou variações nos índices de desemprego para essas duas classes. A maior taxa foi registrada para os mais pobres, que subiu de 26,55% para 35,98%. Para os 10% dos mais ricos o aumento foi de 2,6% para 2,87%.
Região com maior queda
A localidade que mais sofreu com a queda da renda média individual foi o Estado do Nordeste cerca de 11,4% já a região Sul do país registrou -8,86% de queda na renda.
As mulheres sofreram bastante com a redução, o percentual registrado foi de 10,35% enquanto homens tiveram queda de 8,4%. Já os idosos que se retiraram do mercado devido ao vírus da Covid-19 a perda de renda foi de -14,2%.
Segundo o diretor do FGV Social, o país vive a estagflação, que ocorre quando a economia encontra-se desaquecida e a inflação em alta.
No início de 2021 foi registrado que 25 milhões de pessoas entraram na linha da pobreza em comparação aos seis meses antecedentes.
Com o encerramento do auxílio emergencial para a maioria da população o número chega a casa dos 27,7 milhões, o total é superior aos números registrados antes da pandemia no país.