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Quem rasga dinheiro está cometendo crime no Brasil?

Rasgar dinheiro é algo que pode gerar algum tipo de punição no Brasil? Afinal estamos falando de um item oficial do país.

por Rodrigo Peronti
4 minutos ler

Você já se perguntou o que acontece se alguém rasgar dinheiro no Brasil? Afinal, essa prática inusitada levanta diversas dúvidas, principalmente sobre as possíveis consequências legais. Mas, será que rasgar uma cédula é realmente crime? Vamos explicar tudo o que você precisa saber, de uma maneira bem simples.

Primeiro, é importante deixar claro que a destruição do dinheiro no Brasil não é criminalizada diretamente. Ou seja, se alguém rasgar uma cédula de real, por exemplo, ele não vai ser automaticamente preso por isso. Mas, como sempre, há algumas exceções. A prática pode gerar consequências dependendo da intenção por trás do ato e das circunstâncias envolvidas.

O que a lei diz exatamente sobre isso?

Mas, o que a lei diz exatamente? O Código Penal brasileiro, no artigo 163, trata de crimes relacionados ao dano ao patrimônio público, especificando que destruir ou danificar bens públicos é crime, desde que haja a intenção de prejudicar. No entanto, a lei não menciona explicitamente a destruição de cédulas, o que deixa espaço para interpretações.

Esse vazio legal gera divergências entre juristas. Alguns acreditam que quem rasga dinheiro deveria responder judicialmente, considerando que se trata de dano qualificado ao patrimônio público, já que o real é uma moeda de circulação nacional e controlada pelo governo. Outros defendem que, se o prejuízo for apenas pessoal, a lei não se aplica.

Rasgar dinheiro não se trata apenas de leis

Não é só de questões legais que esse tema vive. Afinal, se alguém rasgar uma nota, o que acontece com ela? Será que ela ainda tem algum valor? A resposta é que sim, mas com algumas condições. Se mais da metade da cédula estiver intacta, ela pode ser trocada normalmente em bancos, seguindo os procedimentos estabelecidos pelo Banco Central.

Caso contrário, o portador vai arcar com a perda total da cédula. E, atenção, cédulas com menos de 50% intacto são consideradas sem valor, ou seja, não há possibilidade de ressarcimento. Por isso, o Banco Central recomenda que se evite rasgar ou danificar as cédulas, seja por acidente ou descuido.

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E se o dinheiro estiver adulterado

Mas, e se a cédula for adulterada? Aí a situação muda completamente! Enquanto rasgar uma nota pode ser uma questão de interpretação, a adulteração é claramente um crime no Brasil.

Alterar ou falsificar cédulas é uma infração grave, conforme o artigo 290 do Código Penal, e pode resultar em penas de até 12 anos de prisão, além de multa. Ou seja, mexer na cédula de real com a intenção de fraudá-la não tem perdão.

Agora, vamos falar um pouco sobre as consequências financeiras. Quando alguém rasga dinheiro, não é só quem sofreu o dano que é afetado. O impacto pode ser maior do que você imagina. O erário público e a sociedade também sofrem, pois há custos adicionais para substituir as cédulas danificadas e uma maior dificuldade na circulação de dinheiro em bom estado.

Quem paga o preço

Se todo mundo começar a rasgar notas, quem acaba pagando o preço é a economia como um todo. Por isso, é importante estar ciente do impacto de nossas ações no sistema financeiro.

Em termos de recomendações do Banco Central, a principal delas é simples: evite danificar o dinheiro. O órgão sugere que a gente evite rasgar, rabiscar ou dobrar excessivamente as cédulas. Caso uma nota seja danificada acidentalmente, a orientação é procurar uma agência bancária para a troca. E, claro, se você suspeitar de adulteração, deve denunciar às autoridades competentes.

Em resumo, rasgar dinheiro não é exatamente crime no Brasil, mas é um comportamento que pode ter consequências, tanto do ponto de vista legal quanto econômico.

Mas, em qualquer situação, é sempre melhor tratar as cédulas com cuidado, tanto para evitar prejuízos pessoais quanto para contribuir com o bom funcionamento do sistema financeiro. Afinal, dinheiro não é algo que a gente deve desperdiçar, não é mesmo?

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