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Receita Federal Fecha o Cerco contra os “Sem Nota”

Novas regras da Receita Federal ampliam fiscalização sobre transações financeiras, mas sem novos impostos. Entenda como isso afeta você!

por Ricardo de Freitas
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Receita Federal Fecha o Cerco contra os "Sem Nota"

A Receita Federal do Brasil anunciou recentemente uma atualização significativa em suas normas de fiscalização que afeta o monitoramento das transações financeiras realizadas por contribuintes. Essa mudança, que não implica na cobrança de novos impostos, visa expandir o controle sobre movimentações realizadas através de cartões e sistemas de pagamento digital como o PIX.

Embora a prática de monitorar movimentações financeiras já estivesse em vigor, a nova regulamentação aumenta o número de instituições financeiras obrigadas a reportar essas informações ao fisco. O objetivo principal é aprimorar a fiscalização e identificar movimentações atípicas que possam indicar sonegação fiscal ou outras práticas ilegais.

Entendendo as Novas Regras

1. Situação Anterior

A Receita Federal já coletava dados financeiros desde 2003, inicialmente através da Decred, que focava nas operações com cartões de crédito. Em 2015, a Decred foi substituída pela plataforma e-Financeira, permitindo que instituições financeiras reportassem mensalmente os valores movimentados pelos contribuintes. Para pessoas físicas, as transações superiores a R$ 2 mil mensais eram reportadas, enquanto empresas com movimentações acima de R$ 6 mil mensais também eram obrigadas a informar.

2. Alterações Recentes

Com as novas diretrizes, além dos bancos tradicionais, operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento (incluindo bancos digitais) também estão sujeitas à obrigação de enviar dados ao fisco. As transações realizadas via PIX, cartões de débito e moedas eletrônicas agora devem ser reportadas quando superarem R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas.

3. Data de Implementação

A mudança foi anunciada em setembro do ano anterior e entra em vigor oficialmente em janeiro de 2025. Os dados referentes às transações realizadas entre janeiro e julho deste ano começarão a ser enviados em agosto deste ano, enquanto os dados do segundo semestre serão entregues até fevereiro de 2026.

4. Impostos e Taxas

É importante ressaltar que as novas regras não incluem qualquer tipo de imposto sobre o uso do PIX ou outras transações financeiras. A Receita Federal esclarece que não há previsão legal para tributar movimentações financeiras dessa natureza e desmentiu rumores sobre cobranças indevidas por meio de mensagens em redes sociais.

5. Dados Acessíveis à Receita

A Receita terá acesso a informações como nome completo, endereço, CPF ou CNPJ, números de contas bancárias e valores movimentados mensalmente. Entretanto, esses dados não permitirão identificar a origem ou o propósito específico das transações devido à proteção do sigilo bancário.

6. Ação Necessária dos Contribuintes

Os contribuintes não precisam realizar nenhuma ação específica para o envio dos dados; essa responsabilidade recai sobre as instituições financeiras. No entanto, aqueles que recebem rendimentos tributáveis acima do limite estabelecido devem continuar apresentando suas declarações anuais de Imposto de Renda.

7. Preocupações dos Contribuintes

A ampliação da fiscalização pode levantar preocupações entre aqueles que não declaram corretamente seus rendimentos. A omissão pode resultar em penalizações severas como multas ou inclusão na malha fina da Receita Federal. Especialistas alertam que gastos incompatíveis com a renda declarada podem chamar a atenção do fisco, mas cada caso será analisado considerando informações complementares.

O secretário da Receita Federal reafirmou que as novas regras não visam punir trabalhadores informais ou autônomos, mas sim identificar atividades suspeitas relacionadas à lavagem de dinheiro e outras fraudes financeiras.

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