O Facebook anunciou ontem que desativará seu sistema de reconhecimento facial em fotos e vídeos na rede social. Ele identifica automaticamente os usuários em fotos e vídeos, citando as crescentes preocupações da sociedade sobre o uso dessa tecnologia.
Um dos problemas apontados é que a regulamentação desse uso ainda não é muito esclarecedora e que, por enquanto, a empresa acredita que limitar o uso da ferramenta seja o caminho mais acertado. Segundo a empresa de tecnologia, o Facebook já armazena imagens de mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo.
Desde que foi implantado, o sistema foi alvo de inúmeras críticas e processos tanto contra a rede social e também porque teria sido usado por governos para vigiar cidadãos. Multas milionárias foram aplicadas contra a empresa.
Na China, por exemplo, acredita-se que a rede social tenha sido utilizada para controlar a minoria muçulmana uigur, na província de Xinjiang. Nos EUA, diversas corporações policiais usaram a ferramenta para prender suspeitos, aumentando o temor por prisões erradas.
A mudança também ocorre no momento em que documentos internos e confidenciais sobre como o Facebook agia na divulgação de discursos de ódio e notícias falsas estão sendo revelados por uma ex-funcionária.
A empresa, que na semana passada mudou seu nome para Meta, disse que mais de um terço dos usuários ativos diários do Facebook optaram pela configuração de reconhecimento facial no site de mídia social, e a mudança agora excluirá este sistema de mais de 1 bilhão de pessoas.