Direito

Recuperação Judicial: saiba quando é necessária

A recuperação judicial passou a se tornar uma possibilidade cada vez mais próxima de milhares de empresas brasileiras, atingidas em cheio pela pandemia da Covid-19.

Em maio, por exemplo, o número de pedidos de recuperação judicial saltou 68,6%, de acordo com a Boa Vista.

Já as falências aumentaram em 30% em relação ao mês anterior.

Conforme aponta o advogado Weslen Vieira, especialista em Direito Tributário, as empresas vinham se recuperação de uma forte crise que teve início em 2015 e já foram atingidas em cheio por outra.

“Desta vez complicou ainda mais, pois praticamente todos os setores foram impactados, uns mais outros menos, mas todos tiveram queda de receita”, aponta.

Diante deste cenário, as empresas precisam agir.

“No entanto, é preciso cabeça fria e realizar uma avaliação criteriosa do negócio para saber se a recuperação é o melhor remédio.”

Weslen Vieira, sócio da Advocacia Vieira, Spinella e Marchiotti Advogados Associados, aponta alguns sinais que podem indicar que a empresa está em crise.

“Pode não ser necessária a recuperação, mas algo precisa ser feito com urgência.”

Vale destacar que quanto mais cedo se identificar o problema e agir, maiores serão as chances de recuperação.

Recuperação judicial

SINAIS QUE APONTAM PARA CRISE DA EMPRESA

1)    Rolagem de dívidas – quando a empresa começa a “jogar para frente” compromissos financeiros, deve-se acender sinal vermelho.

2)    Grande volume de dívidas no curto prazo – muito preocupante quando há compromissos muito dispendiosos para os meses seguintes.

3)    Dificuldade de conseguir crédito – quando a empresa passa a captar recursos no mercado, pagando juros maiores que o “normal” dos bancos, a situação é preocupante.

4)    Inadimplência – a empresa começa a atrasar pagamentos e a ser alvo de protestos de títulos.

5)    Demissões sem pagamento de direitos – muitas empresas começam a demitir diante da crise, mas não possuem dinheiro para pagar os direitos trabalhistas.

6)    Relação difícil com fornecedores – outro sinal importante é quando os fornecedores passam a “cobrar o risco” para manter o fornecimento de mercadorias e serviços.

7)    Clientes reclamam – a maioria das empresas em crise passam a ser alvo de reclamação de clientes.

Necessariamente, de acordo com o especialista em Recuperação Judicial, advogado Weslen Vieira, não é preciso que todos esses sinais aconteçam ao mesmo tempo.

“Se a empresa enfrenta três ou mais desses sinais é hora de parar e buscar uma saída antes de seja tarde demais”, pontua.  

Wesley Carrijo

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