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Reforma da Previdência x Investimentos de longo prazo

O mercado financeiro oferece hoje inúmeras ferramentas mais vantajosas que a aposentadoria tradicional. A proposta de reforma da Previdência, por exemplo, evidencia o quanto essa dependência ao poder público pode ser problemática. No entanto, alguns investimentos de longo prazo se apresentam como alternativas para que o indivíduo alcance a tão sonhada independência financeira.

Lereno Soares, economista pela FGV-RJ (Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro) e sócio-fundador da Juros Baixos (portal de educação financeira e comparação de empréstimos), explica — e descomplica — que, neste momento, duas formas de investimentos podem ajudar nesta busca: O Tesouro Direto e as ações na Bolsa de Valores.

Quando se fala em reserva para a aposentadoria, é importante ter em mente três aspectos fundamentais: “Não se pode depender de salário para sempre; A reserva é para ser resgatada ao longo prazo; E, por último, o valor não deve estar todo alocado em investimentos de risco”, ressalta o economista. Por isso, Lereno acredita que a ferramenta ‘perfeita’ para quem pretende começar seja o Tesouro Direto — títulos públicos considerados os ativos de menor risco em uma economia.

Por meio do Tesouro IPCA, por exemplo, o indivíduo que deseja realizar uma aplicação consegue se proteger das variações da inflação e, ainda, ganhar juros em cima do valor investido. O assessor de investimentos conta, de maneira bem simples, os ganhos que podem ser alcançados com esses títulos comparados com a poupança.

“Se ao longo de 27 anos a pessoa decidisse guardar todo mês R$ 100 debaixo do colchão, ela teria ao fim do período cerca de R$ 32 mil. Agora, se ela fizesse a mesma coisa, só que colocasse esse dinheiro na poupança, teria, mais ou menos, R$ 78 mil. Mas, se esse mesmo indivíduo optasse pelo Tesouro IPCA, ao fim de 27 anos teria cerca de R$ 113 mil. É um investimento tão seguro quanto a poupança”, explica Soares.

Ações na Bolsa de Valores

Há no inconsciente coletivo uma ideia equivocada em relação à compra de ações na Bolsa de Valores. O fato é que esse tipo de investimento pode, sim, ser uma boa opção para quem está pensando em começar a construir agora um futuro mais tranquilo e, claro, independente financeiramente.

“A grande ‘mágica’ de investir em ações é a possibilidade do indivíduo ser sócio de grandes empresas de forma simples: basta acessar o site de sua corretora. E essas empresas podem crescer e gerar renda para você para o resto da vida”, ressalta.

Lereno Soares diz ainda que não há necessidade de se concentrar os investimentos em uma única companhia. “O indivíduo pode investir em várias ações ao mesmo tempo, mesmo tendo pouco dinheiro. Isso é maravilhoso, porque você não precisa ser um especialista do mercado financeiro para ter uma boa carteira de ações nas suas mãos. Você pode comprar uma carteira diversificada e, consequentemente, menos arriscada”, simplifica o economista da Juros Baixos.

Wanessa

Redação Jornal Contábil

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