Regimes tributários são conjuntos de regras que definem como os impostos serão calculados e pagos pelas empresas.
Existem diferentes regimes tributários em vigor em vários países, incluindo o Brasil.
No Brasil, três regimes tributários comuns são o não cumulativo, cumulativo e por incidência.
Regime não cumulativo
O regime não cumulativo é um regime tributário em que os impostos são calculados sobre cada operação ou fase do processo de produção.
Isso significa que o imposto é cobrado a cada etapa da cadeia produtiva, desde a produção até a venda final do produto ou serviço.
No Brasil, o regime não cumulativo é comum em impostos como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o PIS/COFINS (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
Uma das principais características do regime não cumulativo é a possibilidade de utilização de créditos fiscais.
Os créditos fiscais são valores que a empresa pode descontar do valor do imposto devido em etapas posteriores do processo de produção, em função do imposto pago em etapas anteriores.
Isso significa que a empresa pode recuperar parte do valor pago em impostos em etapas anteriores, reduzindo o valor do imposto a ser pago em etapas posteriores.
No entanto, para que a empresa possa utilizar os créditos fiscais, é necessário cumprir algumas condições e seguir as regras estabelecidas pela legislação tributária.
Por isso, é importante contar com o suporte de um profissional contábil especializado para garantir o cumprimento das obrigações fiscais e evitar problemas com o fisco.
Regime cumulativo
O regime cumulativo é um regime tributário em que os impostos são calculados somente sobre o valor total da venda final.
Isso significa que o imposto é calculado somente uma vez, no final da cadeia produtiva, sobre o valor total do produto ou serviço vendido.
No Brasil, o regime cumulativo é comum em impostos como o ISS (Imposto sobre Serviços) e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Ao contrário do regime não cumulativo, no regime cumulativo, não há possibilidade de utilizar créditos fiscais.
Isso significa que a empresa não pode deduzir o valor do imposto pago em etapas anteriores do processo produtivo, o que pode resultar em um aumento do valor do imposto a ser pago.
Além disso, no regime cumulativo, a alíquota do imposto é geralmente mais baixa do que no regime não cumulativo, já que não há a possibilidade de utilização de créditos fiscais.
Por outro lado, o regime cumulativo é considerado mais simples e fácil de administrar do que o regime não cumulativo, pois não exige o cálculo e controle de créditos fiscais, o que pode ser bastante complexo.
A escolha do regime tributário mais adequado para a empresa depende das características do negócio e das necessidades específicas da empresa.
Por isso, é importante contar com o suporte de um profissional contábil especializado para avaliar qual é o regime mais adequado para a empresa.
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Regime por incidência
O regime por incidência é um regime tributário em que os impostos são calculados somente quando ocorre uma determinada situação ou evento específico que está sujeito à tributação.
Isso significa que o imposto é cobrado somente quando uma situação prevista em lei ocorre, como a venda de um produto ou a prestação de um serviço.
No Brasil, o Imposto de Renda é um exemplo de imposto que segue o regime por incidência.
Ele é calculado somente sobre os ganhos obtidos pelas pessoas físicas e jurídicas em determinadas situações, como recebimento de salário, aluguel, venda de bens, entre outros.
O regime por incidência é geralmente mais simples do que o regime não cumulativo e o regime cumulativo, já que o cálculo do imposto é feito somente quando ocorre uma situação específica prevista em lei.
No entanto, o regime por incidência pode ser mais complexo em algumas situações, especialmente quando há várias situações que podem estar sujeitas à tributação e é necessário avaliar qual imposto é aplicável em cada caso.
A escolha do regime tributário mais adequado para a empresa depende das características do negócio e das necessidades específicas da empresa.
Por isso, é importante contar com o suporte de um profissional contábil especializado para avaliar qual é o regime mais adequado para a empresa e garantir o cumprimento das obrigações fiscais.