Há alguns meses, o Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a julgar um tema de bastante relevância para os aposentados. Em pauta estava a possibilidade de permitir o recálculo de aposentadorias considerando todas as contribuições dos trabalhadores. Trata-se da chamada “Revisão da Via Toda”. E esta foi negada prejudicando milhões de brasileiros.
A manutenção atual dos cálculos, que segue os parâmetros estabelecidos pela Reforma da Previdência, baseia-se em 60% das maiores contribuições. Essa definição continua afetando diretamente a renda futura de quem planeja se aposentar.
Diante deste cenário, é urgente que se pense em novas estratégias para garantir um futuro financeiro estável e adaptar o orçamento a essa nova decisão da Suprema Corte.
Como funciona a Revisão da Vida Toda?
As contribuições efetuadas ao INSS antes de julho de 1994 não entravam na base de cálculo para determinar o valor do benefício previdenciário.
Após 1999, a regra de transição determinou que o salário do benefício deve ser calculado sobre a média das 80% maiores contribuições existentes de 7/1994 em diante.
Desse modo, os segurados que ganharam valores mais altos antes de 1994, que possuíam poucas contribuições após 1994 ou que começaram a ganhar menos, saíram prejudicados.
Aprovada em 2022 pelo STF, a Revisão da Vida Toda possibilitava incluir as maiores contribuições feitas ao INSS antes de julho de 1994 no cálculo previdenciário. Todavia, isso agora não pode mais.
Quem tinha direito a Revisão da Vida Toda?
A revisão podia ser requisitada judicialmente pelos aposentados que tiveram seus benefícios concedidos entre 29 de novembro de 1999 e 12 de novembro de 2019 e que têm contribuições anteriores a julho de 1994.
Destinava-se a quem recebia aposentadoria por tempo de contribuição, por idade, por invalidez, especial, além da pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente ou salário-maternidade.
Quais as consequências da não aprovação da Revisão da Vida Toda?
Ao negar a modificação do cálculo total dos salários ao longo da vida profissional para a definição do benefício, o STF reforça uma sistemática que pode diminuir o valor da aposentadoria de quem tinha salários maiores nos primeiros anos de trabalho.
Com isso, um número significativo de profissionais poderão se aposentar com benefícios menores do que o esperado.
Como se planejar a partir de agora?
Diante das mudanças confirmadas pela decisão do STF, torna-se muito importante adotar medidas estratégicas e bem direcionadas para a preparação de uma aposentadoria confortável e segura.
Portanto, algumas atitudes precisam ser tomadas desde já. Afinal é importante pensar no amanhã.
Um primeiro passo é se informar. Busque ajuda de consultores financeiros que podem dar dicas valiosas e ajudar a montar um plano estratégico para a sua aposentadoria.
Outra alternativa é investir na previdência privada. Pode ser uma alternativa para complementar a aposentadoria pública, cujos valores podem não ser suficientes para caber no orçamento familiar.
Por fim, a última dica é diversificar seus investimentos. Busque opções de investimentos de longo prazo que podem garantir melhores rendimentos futuros.
Para quem pretende se aprofundar e compreender as nuances da previdência e como as recentes mudanças afetam o planejamento para a aposentadoria, é fundamental buscar fontes confiáveis de informação.
Busque as plataformas digitais especializadas e a consultoria de especialistas em finanças pessoais são essenciais para quem busca orientações práticas e eficazes.