Micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) brasileiras geraram US$ 33 milhões em novas exportações por meio da participação em rodadas de negócios on-line.
A pandemia de COVID-19 e a crise econômica criaram estímulo para muitas empresas buscarem, por meio de encontros on-line com compradores internacionais, novos mercados no exterior para venda de seus bens e serviços.
Ao longo de 12 meses, o Programa de Facilitação de Comércio Brasil-Reino Unido, iniciativa apoiada pelo governo britânico no Brasil e executada pela consultoria internacional Palladium, organizou cinco rodadas de negócios on-line para promover as exportações de MPMEs.
Ao todo, as rodadas contaram com a participação de 595 empresas, 42% das quais lideradas ou de propriedade de mulheres. Como resultado, os eventos geraram US$ 5 milhões em vendas imediatas, das quais 56% de empresas lideradas ou de propriedade de mulheres.
Já para os próximos 12 meses, são previstos US$ 28,3 milhões em novos negócios, dos quais 46% devem ser fechados por empreendedoras.
“A promoção de exportações por meio de negociações on-line entre empresas brasileiras e compradores internacionais mostrou-se um sucesso durante a pandemia. Conseguimos comprovar que este modelo de baixo custo gera benefícios significativos para a inclusão de pequenos negócios no comércio exterior. Estamos entusiasmados com a possibilidade de expandi-lo para acelerar a recuperação econômica pós[1]pandemia”, afirma Peter Wilson, Embaixador do Reino Unido no Brasil.
As cinco rodadas de negócios foram organizadas em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério da Economia, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os setores beneficiados pela iniciativa incluem alimentos e bebidas, serviços digitais, têxtil e moda, e produtos da Amazônia.
Além das rodadas, a iniciativa também disponibilizou às empresas participantes oito novos conteúdos inclusivos de capacitação sobre exportação.
“Nós fizemos um esforço intencional para incluir as MPMEs no comércio internacional, em particular as empresas lideradas ou de propriedade de mulheres. Na rodada de negócios com produtos da Amazônia, por exemplo, organizamos uma roda de conversa exclusiva com as empresárias mulheres, para que pudessem compartilhar suas expectativas, trocar experiências e se preparar para a negociação com os compradores internacionais. Tivemos uma resposta muito positiva das participantes”, afirma Lara Gurgel, gerente de MPMEs do Programa e representante da Palladium.
O Programa de Facilitação de Comércio Brasil-Reino Unido tem como um de seus objetivos promover a equidade de gênero e a inclusão social no comércio exterior brasileiro.
Esse objetivo faz parte de todas as iniciativas do Programa, iniciado em 2019, e conta com uma equipe dedicada, com especialistas no Brasil e no exterior.
“As rodadas de negócios on-line são um ponto de partida fundamental para a maior inclusão de MPMEs no comércio exterior, especialmente se tratando de empresas lideradas ou geridas por mulheres. Eu já posso ver um futuro melhor para nós”, afirma Mareilde Freire, presidente e fundadora da Saboaria Rondônia, empresa do setor de higiene pessoal.
A principal atividade voltada à equidade de gênero e inclusão social realizada durante as rodadas de negócios on-line foi uma roda de conversa com empreendedoras.
“Estar na roda de conversa me fez sentir acolhida por um grupo de empresárias com vasta experiência no comércio exterior. Para nós, não se trata de segregar entre homens e mulheres, mas sim de empoderar empresárias por meio da experiência entre pares. Afinal, sempre que se combina conhecimento, há a chance de se superar um obstáculo”, afirma Freire.
Essa modalidade on-line de serviços de promoção comercial fará parte do Global Trade Hub, uma plataforma inovadora de serviços de apoio à internacionalização de MPMEs cuja implantação no Brasil é realizada por meio de uma parceria entre o governo britânico e o governo brasileiro.
A plataforma tem previsão de entrar em operação em 2022.
Fonte: Sebrae
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