As ruas de Paris seguem tomadas por protestos. A França chegou ao seu décimo primeiro dia de manifestações populares nesta quinta-feira, dia 06. O motivo é a Reforma da Previdência que aumentou a idade para se aposentar de diversas categorias.
O número total de pessoas nas ruas varia. Há dias mais calmos e dias mais violentos. Em um dos dias mais violentos, mais de 450 pessoas foram detidas pela polícia nacionalmente e 903 focos de fogo foram acesos pelos manifestantes nas ruas de Paris.
Todavia, porque essa Reforma trouxe tanta revolta à população? Vamos explicar a seguir.
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Conforme mencionamos, a raiz de toda a insatisfação popular atual é uma reforma no sistema previdenciário assinada pelo governo de Emmanuel Macron em meados de março. Ela aumenta a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos para a maioria das categorias.
A reforma também adianta para 2027 a exigência de contribuir 43 anos para obter uma pensão e não 42 anos como acontecia até agora. Além disso, a nova lei elimina os privilégios de aposentadoria de alguns funcionários do setor público, como os trabalhadores do metrô de Paris.
O governo argumenta que a reforma é necessária para sustentar a Previdência, algo cada vez mais difícil diante da queda na proporção entre trabalhadores ativos e aposentados.
Segundo um relatório de especialistas encomendado pelo governo, essas despesas podem ainda levar a um déficit de 10 bilhões de euros por ano entre 2022 e 2032.
Mesmo com a mudança, a idade mínima para aposentadoria na França ainda é mais baixa que a de vizinhos europeus, como Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Espanha e Itália, onde ela varia entre 65 e 67 anos.
Todavia, o sentimento de revolta na França também está ligado à maneira como a reforma foi aprovada.
A coligação de Macron perdeu sua maioria na Assembleia Nacional nas eleições legislativas de 2022. Com isso, o governo não conseguiu o apoio necessário para aprovar a reforma por meio dos parlamentares e precisou acionar um dispositivo especial da Constituição, chamado de 49-3, que permite que a mudança entre em vigor sem aprovação legislativa.
O recurso foi criticado por membros da oposição e incitou ainda mais os protestos.
Vitrines quebradas, bicicletas e lixeiras queimadas marcaram a manhã do dia de hoje, quinta-feira em algumas cidades francesas.
Os agentes de limpeza pública, para quem a Reforma da Previdência prevê a mudança da idade mínima de aposentadoria de 57 para 59 anos, também pararam por vários dias.
Dessa forma, imagens de ruas em Paris repletas de lixo viraram cena comum nas últimas semanas, elevando o temor de um problema de saúde pública.
Outra forma encontrada para protestar foi que os grevistas fecharam a visitação da Torre Eiffel e do Museu do Louvre. Os ânimos seguem exaltados.
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