Há uma diversidade de profissionais que não têm carteira assinada, tais como advogados, taxistas, médicos, pedreiros, vendedores, entre outros. Por isso, em operações em que haja a necessidade de comprovação de renda, existem alguns documentos que podem ser apresentados. Veja quais são eles:
A chamada DECORE só pode ser emitida por contadores devidamente habilitados e, desde o ano 2000, funciona como o documento oficial para fins de verificação das receitas de empresários, profissionais liberais e autônomos.
Para ter validade, ela precisa do selo DHP, sigla que significa Declaração de Habilitação Profissional, fornecido pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Por isso, é importante buscar um profissional de qualidade e que seja habilitado em tal Conselho, sob pena de a DECORE ser invalidada.
O extrato bancário também funciona como meio de comprovação dos faturamentos, ressaltando-se que, quanto mais tempo a conta estiver em funcionamento, mais completo se torna esse documento.
Para quem deseja obter um financiamento imobiliário, a movimentação do extrato bancário deve ter um período mínimo de seis meses, justamente para a devida verificação dos rendimentos do solicitante.
Além disso, é importante reunir todos os depósitos em uma só conta, para facilitar essa análise, e algumas instituições financiadoras podem requer a apresentação da declaração do Imposto de Renda para complementar os dados.
Todo ano, o cidadão brasileiro precisa declarar os seus ganhos e gastos ao Governo Federal para, então, ser calculado o imposto a ser recolhido. Ou seja, essa declaração tem o fim de valorar o tributo.
Como ela compreende diversos detalhes da vida do contribuinte, é considerada um ótimo documento para comprovar a renda do trabalhador autônomo: além de ser completa, é uma declaração que requer veracidade, já que, em caso contrário, o pagante pode ser penalizado.
A única ressalva refere-se ao fato de ser um documento anual, constando todos os valores do ano anterior. Em outras palavras, ela pode ser considerada defasada e, para evitar essa conclusão, a sugestão é apresentá-la em conjunto com o extrato bancário.
Os contratos e recibos dos serviços realizados também compõem o rol de documentos que servem para comprovar a receita do autônomo, principalmente quando estiverem devidamente assinados por ambas as partes e registrados.
Se você trabalha dessa forma e não guarda esses documentos, é uma boa dica passar a reuni-los para apresentação dos valores mensais de faturamento, quando necessário. Aliados ao extrato bancário e à declaração do IR, a sua validação torna-se ainda mais consistente.
Algumas dicas simples podem ser utilizadas para efetuar a comprovação dos faturamentos com segurança, evitando-se possíveis transtornos. Anote os macetes apresentados a seguir e tenha mais tranquilidade ao realizar essa tarefa.
A primeira sugestão é primordial para muitas atividades no país e muito fácil de ser realizada, considerando a diversidade de bancos existentes pelo Brasil afora e, também, os diferentes tipos de contas possíveis, com taxas e pacotes variáveis.
Por isso, se você precisa comprovar a sua renda e não tem o holerite para apresentar, abra uma conta bancária. Ou, caso já tenha mais de uma conta, escolha um banco e centralize suas operações financeiras em um único canal — reunir toda a movimentação evita a perda de informações e facilita a produção documental para fins de confirmação de seus rendimentos mensais.
De nada adianta juntar todos os documentos possíveis para a comprovação da renda se constar alguma restrição em seu CPF, corroborando o nome sujo na praça. Como isso acontece quando há atraso de pagamentos, apresentar dívidas pendentes é uma situação bastante prejudicial, principalmente para quem deseja obter um financiamento de imóvel.
Antes de reunir as informações de sua receita, verifique se há débitos a pagar e tente a renegociação desses valores diretamente com as empresas para, então, apresentar um histórico de créditos positivo.
O chamado Cadastro Positivo é um programa online fornecido pelo Serasa Experian e funciona como um currículo financeiro, ou seja, ele reúne todos os dados de contas pagas, compras efetuadas com cartões, financiamentos e empréstimos.
A sua finalidade é criar um perfil da rotina financeira do consumidor, o que auxilia (e muito!) a vida de quem paga os seus débitos sem atrasos: apresentar um Cadastro Positivo com contas em dia é um fator de peso para a obtenção de financiamentos imobiliários, de automóveis ou qualquer outro tipo de crédito ou empréstimo.
Para quem não tem folha de pagamento para comprovar a renda, essa ferramenta é uma ótima vantagem! Demonstre esse histórico em conjunto com o extrato bancário e apresente a sua receita de forma eficiente.
Saber como comprovar renda sendo autônomo pode não parecer fácil em um primeiro momento, mas essa tarefa é simples. Organize-se, reúna suas informações financeiras em uma só conta, deixe os débitos em dia, faça o Cadastro Positivo e apresente os documentos que servem como comprovantes das receitas.
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Eu não pago o inss sou autônomo eu tenho direito a o auxilio do governo de 600 reais