A internacionalização de uma empresa é quando uma determinada organização passa a atuar no exterior. Esse processo pode ocorrer de várias formas, e a mais comum delas é a exportação de um produto para outro país.
Entretanto, pode se tratar também da abertura de uma unidade de negócio ou até uma parceria ou uma aquisição no exterior.
Apesar de este processo ser possível tanto para negócios maiores quanto para micro, pequenas e médias empresas, quando uma organização se internacionaliza, ela naturalmente muda de patamar, pois está mirando o crescimento e a solidificação de uma marca.
Mas atuar em outro país representa também passar por uma série de desafios que exigem planejamento, estratégia e inteligência.
Além do público-alvo, que será de uma cultura diferente, a organização passa a operar dentro de um novo conjunto de leis e normas.
Conquistar novos mercados ainda pouco aproveitados é uma das possibilidades ao estabelecer o comércio exterior em um negócio.
É possível fazer isso com exportação (o processo mais comum), com franquias (quando a marca é cedida para um empreendedor em troca de royalties), em joint ventures (parceria entre duas ou mais empresas com tempo determinado) e investimento direto (aquisição de uma unidade de negócio já existente).
Confira abaixo os passos que as empresas precisam seguir para internacionalizar a sua operação:
Faça um raio-x do seu negócio. Antes de planejar, é preciso deixar claro o objetivo da companhia com a internacionalização, como dar segurança para enfrentar eventuais oscilações do mercado interno ou a maior obtenção de lucros.
Defina prioridades na hora de escolher os itens que serão comercializados fora do país. Pesquise e selecione os mercados em que você terá mais vantagem – investigue os concorrentes, os novos consumidores e as tendências.
Analise se será necessário alugar galpões para auxiliar nos processos logísticos e estime o preço final do produto com todos os custos fixos e variáveis, impostos e características do mercado em que você vai entrar.
Esta etapa exige atenção redobrada, pois qualquer dado desatualizado ou incorreto pode causar o indeferimento do RADAR (Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros), essencial para organizações que querem importar e/ou exportar. Sem ele, o processo torna-se ilegal.
É importante atentar-se para documentos que tratem de certificados de qualidade, termos de confidencialidade, compromissos de não competição, relação jurídica da empresa com outras empresas, fusões e aquisições, além de certidões negativas de débitos trabalhistas, fiscais ou perante a lei.
Há empresas no mercado que prestam consultoria de verificação e orientação neste sentido.
Considere a sua capacidade financeira e monte um planejamento que contemple pelo menos três anos de atividades, com indicadores de desempenho em detalhes.
No caso de importações, a Receita Federal analisa essa informação para definir os limites do RADAR, o próximo passo a ser tomado.
Esteja preparado para revisar seu orçamento, pois são muitos os processos que exigem o pagamento de taxas, impostos e tributos.
Utilize sempre informações verdadeiras, que possam ser comprovadas e sejam compatíveis com a realidade do negócio.
A forma como a mercadoria é transportada pode intervir diretamente no preço final do produto.
No processo de internacionalização, a escolha do modal precisa estar alinhada às necessidades do negócio e também faz parte do planejamento.
O transporte rodoviário é muito usado em envios para outros países da América Latina.
Já o transporte aéreo é recomendado para quem quer agilidade nos processos de entrega ou para quem comercializa produtos de alto valor agregado.
O tradicional envio por meio de embarcações é utilizado na distribuição de grandes quantidades de produtos e é recomendado para quem prioriza o preço, pois é considerado um dos mais baratos.
Já o transporte ferroviário é utilizado no escoamento de cargas e também é econômico.
Antes de exportar, verifique se seu produto atende às normas e às legislações internacionais.
Vários pontos precisam ser verificados, como a tradução do site oficial da empresa e dos materiais de promoção (tome cuidado com a tradução do nome da empresa ou do produto no idioma local), a revisão de marcas registradas e patentes e também se o produto está de acordo com testes de qualidade, tudo isso para conseguir as certificações necessárias.
Você com certeza irá enfrentar cenários diferentes, sejam eles por aspectos culturais, de idioma ou de regulamentação.
Além disso, trabalhadores locais também farão parte da empresa e precisam ter a segurança de que são envolvidos e respeitados.
Desenvolva políticas e procedimentos que cumpram os requisitos locais, promova programas de benefícios competitivos que envolvam os funcionários locais qualificados e procure realizar campanhas de comunicação que aproximem a sua empresa do país em que ela passará a atuar.
É importante que você tenha uma rede de apoio de fornecedores, produtos e serviços que possam ser realizados por meio de terceiros.
Pesquise ainda potenciais parceiros além dos concorrentes que ajudem na divulgação do seu produto.
Há empresas que investem em um time responsável por relacionamentos com a finalidade de promover e gerenciar alianças.
Essa iniciativa é reconhecida também por exigir menos investimento para conquistar o novo consumidor – vender por meio de outros estabelecimentos, por exemplo, pode ser interessante.
O amadorismo não pode ser admitido no processo de internacionalização de uma empresa.
Cuidar dos relatórios de pedidos, conferir a produção, cuidar dos despachos e outras atividades devem ser realizadas sempre de forma bastante profissional.
É recomendado ainda recorrer a uma consultoria especializada para ajudar a empresa neste desafio.
Especialistas irão te ajudar a não correr riscos desnecessários e a não perder oportunidades por falta de conhecimento.
A internacionalização é uma ótima alternativa para aumentar as possibilidades de lucratividade, mas também se trata de um caminho recheado de desafios; muitos deles burocráticos.
Entender as normas e regulamentações de outro país não é simples, e mais difícil ainda é fazer parte da cultura local e conquistar o consumidor no exterior.
Portanto, é fundamental ter um diferencial, sobre o qual serão definidos o planejamento, os modelos e as estratégias de expansão.
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