A crise sanitária acarretada pela covid-19 pegou a todos de surpresa. Passado mais de um ano de seu início, ainda é um momento de incertezas e medos.
As oscilações do câmbio e da bolsa de valores, a desvalorização do real, os produtos do gênero alimentício mais caros, mais pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e altos índices de desemprego – de acordo com o IBGE somam-se quase 14,5 milhões em 2021, o maior número desde 2012, quando se iniciou a contagem – são alguns reflexos disso.
Ter uma reserva financeira neste momento se mostrou essencial, mas infelizmente não é uma realidade para muitos brasileiros.
De acordo com números da 3ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), 62% dos brasileiros não economizaram nada em 2019 e entraram na crise causada pela pandemia da covid-19 sem uma reserva de emergência.
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) aponta que em 2020 o endividamento do brasileiro chegou a 66,3% – corroborando o fato de que a população não poupa dinheiro. Para criar essa reserva, um bom planejamento é fundamental.
Entender o quanto se ganha e o quanto se gasta é o primeiro passo. Na sequência, deve-se definir uma meta de quanto economizar no mês – quanto mais realista, melhor.
Economia e economizar são palavras-chave neste momento. Elencar prioridades reais e deixar os supérfluos de lado, observando o que de fato importa, seja material ou afetivamente.
Especialistas recomendam que a reserva de emergência seja aplicada em investimentos de curto prazo para assegurar um resgate rápido quando necessário. Liquidez e baixa volatilidade são fundamentais para isso.
Para aqueles que foram pegos desprevenidos, sempre há tempo para começar a poupar. Veja abaixo três dicas para manter o orçamento em dia e passar menos sufoco:
Manter o foco nas necessidades básicas, como alimentação e higiene, que devem ser feitas de forma consciente e sem estoques.
Além disso, pondere se o pagamento será à vista ou no crédito, se houver diferença na condição.
Mapeie todos os gastos e as rendas. Depois, crie uma lista com todas as despesas fixas e inclua em um planejamento financeiro.
Conforme forem os resultados, talvez seja o momento de revisar os hábitos, cortar gastos desnecessários e conscientizar todos os membros do núcleo familiar de que é hora de colocar o orçamento em ordem, para não sofrer tanto com os impactos da pandemia.
Não faz tanta diferença você preferir os tradicionais lápis e papel, planilhas de Excel, planners e afins.
O importante é anotar todos os gastos do mês, para que se crie uma rotina de controle.
Nesse sentido, cada vez mais é necessário contar com empresas e recursos que ajudem a organizar a saúde financeira por meio da educação e aprendizado de como lidar com as finanças.
Atualmente no mercado existem fintechs dedicadas a isso. É um bom momento para sair do aperto – e, se possível, nem entrar nele!
Por: Charys Oliveira, Head de Saúde Financeira na Ahfin. Com 20 anos de experiência atuando como executiva em empresas de tecnologia, construindo trajetórias de sucesso de pessoas e empresas de vanguarda. Os últimos sete anos dedicados às fintechs, gerenciando operações e revolucionando o uso do dinheiro.
Sobre a Ahfin
Fundada em 2020, a Ahfin é uma fintech RH, incubada pela Ahgora Sistemas, com foco em saúde financeira. ahfin@nbpress.com.
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