O Brasil ocupa a quarta posição no mundo em casos de diabetes. Temos cerca de 14 milhões de diabéticos ou cerca de 6,5 % da população brasileira. E a doença é uma das principais causas de neuropatias diabéticas– enfermidade caracterizada pela degeneração progressiva dos nervos e que leva a diminuição de sensibilidade à dor em várias partes do corpo, dependendo dos nervos afetados.
A neuropatia periférica atinge especialmente as extremidades do corpo como pés e mãos. Sua evolução é lenta e pode passar despercebida até o surgimento de sintomas mais graves, que podem variar de dor extrema com qualquer toque na pele, dormência e formigamentos dos membros periféricos, à perda da sensibilidade.
Em casos mais graves, os sintomas compreendem problemas de digestão, na bexiga e para controlar a frequência cardíaca, e até pode levar a condições debilitantes. Existem quatro tipos de neuropatias que podem estar presentes na vida do portador de diabetes. São elas:
Existem mais de 90 possíveis causas de neuropatias, dentre as mais comuns estão diabetes, alcoolismo, inflamação de nervo por esforço repetitivo, endocrinológico (tireoidite e a síndrome metabólica), efeitos colaterais de medicamentos, doenças autoimunes (reumatismo, lúpus, e psoríase), doenças hereditárias e as carências de certas vitaminas como as do complexo B.
O diagnóstico da neuropatia periférica diabética é essencialmente clínico e envolve uma boa anamnese e alguns exames físicos com testes vasculares e neurológicos associado à profunda avaliação dos pés. Alguns questionários auxiliam o diagnóstico, como o questionário britânico de rastreamento. Alguns exames complementares laboratoriais podem ser necessários como o TSH, hemograma completo, ácido fólico , vitaminas B12, glicemia de jejum,Hb glicosilada, ureia, creatinina, TGO, TGP e GGT.
Estima-se que 50% dos pacientes com diabetes irão desenvolver alguma neuropatia diabética ao longo da sua vida. Dentre os pacientes com neuropatia periférica, 20% deles apresentarão dor neuropática com diminuição da qualidade de vida e incapacidade funcional. “A evolução da neuropatia diabética é lenta e progressiva e não tem cura. Sua evolução é mais acelerada naqueles pacientes com mal controle glicêmico no qual sua hemoglobina glicosilada está sempre elevada”, alerta o médico de São Paulo, Dr. José Marcelo Natividade, especialista em endocrinologia, metabologia e nutrologia.
Esse descontrole eleva as taxas de açúcar no sangue aumentando a intensidade e a velocidade de lesão dos nervos. “Portanto não é apenas um único descontrole glicêmico que provoca a neuropatia periférica, e sim uma sucessão de descontroles ao longo da evolução do diabetes”, adverte o médico. A neuropatia periférica, por exemplo, é uma das principais causas do pé diabético. “Por apresentar neuropatia, o paciente tem a diminuição da sensibilidade, não sentindo a presença de feridas, úlceras e outras lesões que possam acometer os pés”, explica. Com o diabetes mal controlado, essas lesões e feridas demoram mais tempo para cicatrizar, causando infeções recorrentes no mesmo local, podendo evoluir na maioria das vezes a amputação do pé. “Essa associação de neuropatia periférica e pé diabético é denominado Síndrome do pé diabético”, afirma o Dr. José Marcelo Natividade.
A neuropatia periférica é a complicação crônica mais comum e a mais incapacitante do diabetes, sendo responsável por cerca de dois terços das amputações de pés e pernas que não são causadas por acidentes e fatores externos.
Embora a neuropatia periférica não tenha cura, o controle e o tratamento da doença se dão através de medicamentos e vitamina B1 orientados por um médico.
O tratamento da neuropatia periférica diabética tem como objetivo aliviar os sintomas, evitar complicações e controlar a evolução da doença. “Estão incluídos medicamentos antidiabéticos orais e injetáveis (insulina e GLP1). Além de anticonvulsivante, antidepressivos tricíclicos e não tricíclicos e analgésicos opiódes para alívio das dores”, orienta Natividade.
Mas a novidade é o uso das vitaminas do complexo B no tratamento das neuropatias, em especial a vitamina B1 no tratamento da neuropatia periférica diabética. “A vitamina B1 facilita o impulso nervoso. Sua eficácia está associada no uso de altas doses, acima de 600 mg em estudo de 4 semanas. Porém há relatos de diminuição de até 66 % dos sintomas em pacientes com neuropatia periférica diabética”, afirma o médico endocrinologista. Por isso, a recomendação para adultos é de 1,1 mg e 1,2 mg respectivamente para mulheres e homens. “Embora a vitamina B1 esteja presente em diversos alimentos, sua quantidade é muito baixa, necessitando nos pacientes diabéticos de suplementação”, recomenda.
Dr. José Marcelo Natividade – endocrinologia, metabologia e nutrologia com especialização pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – CRM. 57191 e RQE 55515.
Sobre a Cellera Farma
Cellera Farma é resultado da aquisição do Instituto Terapêutico Delta e da empresa MIP Brasil Farma, com o investimento do grupo Principia Capital Partners em parceria com o sócio Omilton Visconde Junior, empresário com grande experiência no mercado farmacêutico brasileiro.
Em 2019, a Cellera Farma passou a representar no Brasil 12 medicamentos da Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson. Por meio do acordo, a Cellera tem implementado estratégias de marketing, educação médica, comercialização direta para distribuidores e abastecimento do mercado nacional para esses produtos.
Localizada na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo, a planta fabril tem 25 mil metros2 de área total construída, aprovada pela Anvisa como planta de produção para medicamentos, cosméticos, produtos para saúde.
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