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Segurado do INSS terá que pagar perícia médica; entenda

O segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) poderá ser obrigado a pagar a perícia médica judicial nos casos em que mover ação contra o Instituto.

De acordo com o projeto de lei (PL) 3.914/2020, que tem como autor o deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), prevê que os trabalhadores serão obrigados a pagar as custas antecipadamente nos casos em que entrarem na Justiça contra o INSS. A matéria foi aprovada na Câmara dos Deputados em 17 de agosto. O PL acabou causando críticas por tentar limitar o acesso à Justiça gratuita nas perícias médicas.

Quando o segurado fizer um requerimento para ter direito a aposentadoria por incapacidade permanente e ter seu pedido indeferido pelo INSS, e entrar na Justiça contra a autarquia, precisará passar por uma perícia médica, com um perito indicado pelo juiz. Atualmente, nestes casos, este custo é pago pela União. No entanto, o projeto de lei quer passar essa responsabilidade para o segurado.

O senador Paulo Paim (PT-RS) é contra a medida. “A perícia médica é essencial para o trabalhador produzir prova de incapacidade para o trabalho. Se ele entra com a ação, é porque ele foi prejudicado; mas ele não poderá entrar com a ação se ele não puder pagar. Da forma como está, esse projeto é inaceitável. Calcule: ele (o trabalhador) está desempregado e tem que pagar adiantadamente o perito. Nunca vi isso”.

Perícia Médica

Atualmente, 597 mil pessoas estão aguardando a perícia médica no Brasil. Em muitos dos casos, a pessoa deixou de receber o benefício, por ter sido negado ou por atraso na realização do procedimento. O problema afeta o trabalhador que nem recebe do empregador, pois, o médico do trabalho atesta pela continuidade da incapacidade, não permitindo ao empregado retornar ao trabalho.

O fato do INSS negar as perícias médicas gerou vários processos, que pedem à justiça o direito por um benefício (auxílio-doença e benefício por incapacidade permanente) indeferidos pela autarquia.

O PL propõe que nos casos em que o trabalhador tiver vitória na Justiça, seja reembolsado pelos valores custeados.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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