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Seguro-Desemprego e multa de 40% do FGTS vão acabar?

Foi divulgado pela Internet que o seguro-desemprego e a multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) vão acabar. Esses benefícios são pagos aos trabalhadores demitidos sem justa causa.

Na verdade o que aconteceu foi que o Ministério do Trabalho e da Previdência pediu um estudo ao GEAT (Grupo de Altos Estudos do Trabalho) formado em 2019 pelo ministro Paulo Guedes, que conta com a participação de juristas, acadêmicos e economistas, sobre a possibilidade de pôr fim na multa de 40% do FGTS e também do seguro-desemprego.

A proposta do Ministério é que o seguro-desemprego seja extinto e os trabalhadores deixem de receber a multa de 40% do FGTS quando forem demitidos sem justa causa.

Desta forma, as empresas não pagariam mais aos trabalhadores, o dinheiro da multa de 40% que seria repassado para o Governo Federal, que, nos primeiros 30 meses de contrato de trabalho, faria depósitos de até 16% para quem ganha até um salário mínimo. Esse percentual diminui conforme o salário seja maior.

O que iria acontecer seria uma unificação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), criado com o objetivo de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, com o seguro-desemprego. 

Sendo assim, ao ser demitido, o trabalhador não receberia mais o seguro-desemprego,  pois eles poderiam sacar parte do FGTS ainda durante o vínculo empregatício. Apenas uma parte, de até 12 salários mínimos, ficaria retido no fundo para ser resgatado quando o trabalhador fosse demitido.

Segundo o estudo realizado pelo GEAT, o fim da multa de 40% do FGTS iria acabar com a possibilidade do trabalhador forçar sua própria demissão para ter acesso aos benefícios. Isso também acabaria com a rotatividade entre as empresas, além de aumentar o interesse dos empregadores em investir na formação e qualificação profissional do empregado. 

Mas a proposta não foi muito bem aceita por representantes dos trabalhadores e advogados trabalhistas que temem que caso seja posto em prática o fim da multa de 40% do FGTS e do Seguro-desemprego, o efeito seja contrário ao que está sendo proposto.

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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