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Seis tendências tecnológicas que PME devem seguir em 2017

O chatbots, a inteligência artificial e o blockchain são algumas das grandes tendências tecnológicas que irão mudar a forma como os empresários gerem os seus negócios em 2017. É o que prevê a Sage, especialista em soluções integradas de gestão, contabilidade, salários e pagamentos.

“Uma vez que todas as empresas – grandes ou pequenas – estão se transformando de uma forma mais ou menos intensiva em negócios tecnológicos, os empresários devem estar atentos às oportunidades que esses desenvolvimentos tecnológicos podem trazer à sua atividade”, afirma Klaus-Michael Vogelberg, diretor tecnológico da Sage. O executivo explica porquê essas são as grandes tendências em 2017 e que diferença farão na forma como os empreendedores irão trabalhar no futuro, incluindo PME.

1. Chatbots e assistentes virtuais

Os assistentes virtuais tais como os chatbots vão se tornar cada vez mais comuns em diferentes dispositivos e nas interfaces de utilizador que os empresários utilizam para gerenciar suas empresas. Estas interfaces vão alterar a forma como humanos e computadores trabalham e interagem, passando para voz e controlo gestual com as mãos, cabeça ou olhos. Estes sistemas irão trabalhar autonomamente e terão capacidades de autoaprendizagem. Eventualmente, o software será capaz de trabalhar sem intervenção do usuário, ou utilizar toda a informação recolhida em atividades futuras.

2. Inteligência artificial 

De acordo com Vogelberg, a inteligência artificial é outra das grandes tendências a acompanhar, mesmo pelas pequenas empresas. Com a expansão do volume de dados gerada por todo o tipo de sensores e dispositivos de um lado, e o software de análises especial e os agentes inteligentes cada vez mais acessíveis e poderosos do outro, as empresas precisam de encontrar formas de extrair conhecimento da atual riqueza do Big Data.

Vogelberg aconselha as PME a trabalhar em equipa. “Se as pequenas e médias empresas unirem sinergias e – considerando as suas políticas corporativas de proteção de dados e segurança – partilharem o potencial das suas equipas e informação com outras empresas de uma forma estruturada e sistemática, podem beneficiar dessa colaboração ao receberem uma base de dados mais ampla e completa e melhor data intelligence. Como acontece nos mecanismos de crowdsourcing, esta base de dados irá permitir às empresas compreender melhor os comportamentos dos seus clientes, o que necessitam, o que lhes oferecer e em que áreas de negócio investir.”

3. Blockchain 

De acordo com a Sage, os empreendedores devem analisar cuidadosamente se, e quando, a nova tecnologia blockchain pode impactar seus modelos de negócio atuais. Todas as indústrias que trabalham como intermediárias entre duas partes – tal como advogados, notários, imobiliárias ou intermediários financeiros – podem ser afetadas por essa abordagem. Os contabilistas podem também ser afetados pela forma como se farão negócios no futuro, uma vez que o blockchain pode eliminar grande parte da carga de trabalho – tal como controlar e agendar transações, transferências de dinheiro ou pagamento de faturas.

4. Revolucionar o movimento de dinheiro

A forma como as pessoas utilizam o dinheiro e realizam suas transferências e pagamentos sofreu grandes alterações, principalmente porque através de dispositivos móveis os usuários já conseguem realizar transações e compra de bens através de um click.

Em 2017, mais e mais recentes soluções irão permitir às empresas estabelecer uma cadeia de pagamentos integrada e automatizada com os seus fornecedores e clientes. Estas novas soluções permitem realizar pagamentos a toda a hora e em todo o lado, de forma imediata e em vários canais e estarão totalmente integrados com os sistemas contabilísticos financeiros das empresas do futuro.

5. Infraestruturas baseadas em plataformas

Em 2017, mais e mais PME irão substituir os seus sistemas de software atuais por soluções integradas de software na cloud.

“A grande vantagem destas plataformas é que oferecem, mesmo às empresas mais pequenas, acesso a serviços e soluções de software empresarial inovadoras que estas não teriam capacidade de adquirir há cinco anos. Em certa medida, este tipo de plataformas cloud está democratizando a forma como as empresas têm acesso a aplicativos de última geração e tecnologias inteligentes e escaláveis,” diz Klaus-Michael Vogelberg.

6. A Internet das Coisas vai criar novos serviços e perfis de trabalho

As PME devem procurar as novas oportunidades que surgem com a IoT no quotidiano. Múltiplos fluxos de dados oriundos de todo o tipo de sensores incorporados em máquinas, carros, bens móveis e imóveis, roupas e mesmo em humanos (ex.: procedimentos médicos) irão resultar em um verdadeiro tesouro valioso de informação, criando uma diversidade de novos serviços.

As PME devem pensar como usar esses fluxos de informação para fazer crescer seu negócio:

•Na área Mecânica, poderão se desenvolver novos serviços para prever a manutenção de infraestruturas técnicas.

•Empresas de logística poderão otimizar, por exemplo, a navegação de suas frotas de caminhões com informação de trânsito de diferentes fontes, incluindo sobre sinais de trânsito, ruas ou outros veículos.

•Serviços de segurança poderão desenvolver todo o tipo de serviço de vigilância através de uma nova tecnologia de casas inteligentes.

•Empresas de retalho e proprietários de lojas podem se conectar a dispositivos domésticos inteligentes para fornecer bens e serviços a seus clientes.

•Serviços de cuidados médicos móveis irão inovar seu trabalho com a ajuda de todo o tipo de novos dispositivos para, por exemplo, melhorar o apoio a pessoas idosas que vivem sozinhas.

“Em 2017, todas as empresas devem pensar em si próprias como empresas tecnológicas. Para se manterem competitivas, devem agarrar as oportunidades que esses desenvolvimentos trazem e alterar cada aspecto das atuais formas de trabalhar tradicionais”, conclui  Vogelberg.

bitmag

Ricardo de Freitas

Ricardo de Freitas possui uma trajetória multifacetada, ele acumula experiências como jornalista, CEO e CMO, tendo atuado em grandes empresas de software no Brasil. Atualmente, lidera o grupo que engloba as empresas Banconta, Creditook e MEI360, focadas em soluções financeiras e contábeis para micro e pequenas empresas. Sua expertise em marketing se reflete em sua obra literária: "A Revolução do Marketing para Empresas Contábeis": Neste livro, Ricardo de Freitas compartilha suas visões e estratégias sobre como as empresas contábeis podem se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, utilizando o marketing digital como ferramenta de crescimento.

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