Bem Estar

Sem sono? O estresse ocupacional afeta o sono de 60% dos profissionais

A qualidade do sono é um dos aspectos que mais impactam o bem-estar geral da força de trabalho.

Conforme o Panorama do Bem-Estar Corporativo 2024 do Gympass, 98% dos profissionais dizem que uma noite de sono, bem-dormido, é importante para o bem-estar geral.

No entanto, 60% dos colaboradores afirmam que não conseguem ter um sono de qualidade por conta do estresse no trabalho. 

O sono

A situação é crítica para uma parcela considerável da força de trabalho: um em cada dez participantes da pesquisa (9%) diz que perde o sono todas as noites, 24% várias vezes por semana e 27% várias vezes por mês.

Outros 23% afirmaram que perdem o sono pelo menos algumas vezes por ano e apenas 17% dos trabalhadores ouvidos no estudo disseram que nunca perdem o sono por conta do estresse no trabalho. 

Os participantes que perdem o sono devido ao trabalho afirmam que sentem uma piora no bem-estar emocional, na motivação e na produtividade.

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A privação de sono, mesmo que por curtos períodos, prejudica o raciocínio, causa desgaste emocional e pode retardar reações físicas importantes para prevenir acidentes de trabalho, especialmente em ambientes de alto risco.

Riscos para a saúde

Ao tornar um problema crônico, pode causar declínio cognitivo – inclusive levando à demência – e aumentar o risco de desenvolver doenças cardíacas e obesidade.

“Se as empresas não apoiarem os colaboradores no cuidado com o sono, o problema pode se tornar um ciclo vicioso: a perda de sono diminui a produtividade, causando mais estresse, o que prejudica ainda mais a qualidade do sono e o desempenho no trabalho”, explica Renato Basso, vice-presidente de Pessoas do Gympass.

A boa notícia é que os funcionários estão ávidos por melhoras nesse aspecto, com nove em cada dez participantes do estudo afirmando que tomam medidas para melhorar a qualidade do sono.

Além do estresse no trabalho, preocupações financeiras também impactam a qualidade do sono dos colaboradores.

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Metade das pessoas ouvidas no estudo relataram que perdem o sono pelo menos algumas vezes por mês por conta de preocupações econômicas.

Isso também pode fazer a empresa gastar mais com assistência médica.

Ou seja, empresas que não possuem pacotes de remuneração competitivos dentro de seus respectivos mercados podem acabar pagando mais pelo plano de saúde.

“A situação da saúde do sono da força de trabalho acende uma luz de alerta para as organizações. Quando as demandas do trabalho impedem que as pessoas cuidem de sua saúde física (sono, alimentação e atividades físicas), em última instância, também impedem que os colaboradores entreguem os resultados esperados”, diz Basso.

Bia Montes

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