80% dos profissionais brasileiros expressam interesse em implementar uma semana de trabalho com duração de quatro dias.
A grande maioria, aproximadamente 76%, acredita que essa abordagem resultaria em maior produtividade.
Esses números são provenientes de uma pesquisa realizada pela WeWork e pela Page Outsourcing, que entrevistou 10 mil profissionais em cinco países da América Latina, incluindo o Brasil.
O estudo conduzido pela WeWork e Page Outsourcing, com apoio da plataforma Exboss, revela que a flexibilidade se tornou um valor de grande relevância para os trabalhadores desde o término da pandemia de Covid-19.
Em comparação com as pesquisas de 2022 e 2023, a flexibilidade agora ocupa a segunda posição entre os fatores mais importantes para os trabalhadores, com o salário mantendo-se no topo da lista.
Bruna Neves, diretora-geral da WeWork Brasil, observa: “Em três anos, o salário nunca deixou de ser o primeiro colocado na pesquisa.
No entanto, aspectos como metas desafiadoras e planos de carreira, que eram consistentes em pesquisas anteriores, não figuram mais no topo. Agora, flexibilidade e formato de trabalho são os fatores decisivos.”
O estudo também destaca que 64% dos profissionais adotam um modelo de trabalho híbrido, enquanto 18% trabalham presencialmente e outros 18% preferem o trabalho remoto.
Nas entrevistas qualitativas, ao serem questionados sobre os benefícios considerados indispensáveis, 46% destacam a flexibilidade no modelo de trabalho.
Além disso, o estudo revela que mais da metade (55%) dos profissionais expressa algum grau de insatisfação em seus empregos atuais.
Os três principais motivos para essa insatisfação são a falta de flexibilidade (25%), o salário (14%) e a ausência de processos claros (11%). A pesquisa descreve esse fenômeno como uma “epidemia de insatisfação.
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Quando questionados sobre as preocupações relacionadas a uma semana de trabalho mais curta, um em cada cinco entrevistados expressa a preocupação de que o país não está preparado para essa mudança.
Outros receios incluem a distribuição equitativa da carga de trabalho ao longo da semana e a adoção do modelo por equipes que dependem do trabalho presencial.
O estudo também destaca que 83% dos entrevistados brasileiros demonstram interesse na redução da jornada de trabalho, enquanto 17% se opõem ao formato, que implica em um dia a menos de trabalho na semana ou uma carga horária reduzida ao longo dos dias.
A discussão sobre uma semana de trabalho mais curta ganhou destaque após a pandemia. Em alguns países, como Reino Unido, Portugal e Estados Unidos, várias empresas participaram de experimentos para avaliar os efeitos dessa mudança.
No Brasil, um teste conduzido pela organização 4 Day Week teve início em agosto deste ano, e a implementação da jornada mais curta está prevista para começar entre o final deste ano e o início de 2024.
Pela primeira vez, o levantamento também abordou a opinião dos profissionais sobre outra tendência crescente no mercado de trabalho: o uso de ferramentas de inteligência artificial. Essas ferramentas já fazem parte do cotidiano de 41% dos entrevistados.
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