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Setembro Amarelo: Como sei identificar se o colaborador está sofrendo de algum distúrbio?

Trazida em 2014 para o Brasil, a campanha Setembro Amarelo tem como data símbolo o dia 10 deste mês, o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, que visa a conscientização, desmistificação e prevenção do suicídio.

Dados alarmantes levam a esse movimento, e se tem observado o crescimento de indicadores como o uso de psicoterápicos, transtornos mentais e suicídio.

E para falar sobre esse tema pouco discutido dentro das empresas, a especialista em estratégia de carreira Rebeca Toyama trouxe reflexões para auxiliar as empresas a terem esse cuidado com os seus colaboradores. 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo, e quando se refere às tentativas, uma pessoa atenta contra a própria vida a cada três segundos.

Calcula-se que aproximadamente cerca de um milhão de casos são registrados no mundo, já no Brasil, os casos passam de 12 mil, mas se sabe que esse número é bem maior devido à subnotificação.

Vale ressaltar que desse total, cerca de 96,8% estão relacionados a transtornos mentais, como por exemplo, a depressão e o transtorno bipolar.

E as empresas não ficam de fora desse cenário, pois a depressão é uma das principais causas de absenteísmo, e essa é a doença mais incapacitante do mundo em 2020, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Já o presenteísmo é um dos fatores de maior impacto na baixa produtividade e qualidade de uma equipe.

Transtornos mentais

Para a especialista, as empresas precisam redobrar a atenção e o cuidado com os colaboradores, considerando o cenário de pandemia que estamos enfrentando, e alerta que algumas pesquisas já mostram os impactos esperados em decorrência das doenças mentais.

“Planejar como será o momento pós home office será tão desafiador quanto foi organizar o home office na fase mais crítica do isolamento social.

Se já era difícil identificar os sinais e sintomas de um transtorno psicológico em um colaborador presencialmente, imagine agora.

Esse cenário é preocupante e serve de alerta para que o tema saúde mental ganhe relevância na saúde pública! ”, comenta, a especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama.

Dificuldades como identificar os primeiros sinais e sintomas podem fazem com que muitas empresas deixem de lado sua responsabilidade social e optem pela demissão do colaborador, mas por outro lado, empresas vêm investindo em programas de prevenção de doenças mentais que identificam e acolhem os colaboradores que apresentem algum sinal de transtorno mental, como por exemplo: stress, ansiedade, tristeza, dificuldade de concentração e falta de motivação. 

Quando uma empresa consegue identificar alguns sintomas em um membro da equipe o ambiente profissional poderá ser de grande valia no incentivo à vida.

E vale lembrar que a postura adequada leva respeito e discrição, evitando julgamentos.

“Como o propósito do Setembro Amarelo é evidenciar a importância de olhar para os casos de suicídios que estão relacionados a um distúrbio mental, o ambiente profissional é um local onde os sintomas podem ser observados e uma empresa consciente pode fazer sua parte investindo em programas de prevenção de doenças mentais, programas de bem-estar ou antiestresse.”, finaliza Rebeca Toyama.

E para ajudar os gestores e empresas, a especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama traz 3 principais sintomas podem ajudar na identificação de alguns sintomas.

1- Sintomas cognitivos: Esquecimentos frequentes, dificuldade de compreensão e aumento de falhas em questões simples;

2- Sintomas físicos: Cansaço, aparência descuidada ou abatida e alteração nos hábitos alimentares como perda de apetite ou perda dela;

3- Sintomas emocionais: Aumento da sensibilidade ou irritabilidade e afastamento social.

Por Rebeca Toyama fundadora da RTDHO e ACI empresa com foco em bem-estar e educação corporativa. Especialista em estratégia de carreira e saúde financeira. Possui formações em administração, psicologia, marketing e tecnologia.  Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), Instituto Filantropia e Universidade Fenabrave. 

Wesley Carrijo

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