No momento em que a pandemia de Covid-19 completa um ano no Brasil, com novos recordes de mortes sendo registrados, casos relacionados à Síndrome de Burnout, ansiedade, depressão, pânico, entre outros transtornos mentais, também apresentaram um aumento expressivo.
Desde antes da pandemia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil possui o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. Com a Covid-19 e o isolamento social, o aumento destes casos chama a atenção dos profissionais de saúde.
Segundo o doutor em psicologia e professor da Una Uberlândia, Saulo Magalhães, a sobrecarga de trabalho provocada pela rotina de home office, potencializada pelo isolamento social, além do próprio cenário da doença e instabilidade econômica, tornam os transtornos mentais mais comuns.
“A rotina de trabalho em casa fica muito diferente, porque o trabalho invade a rotina da pessoa e ela acaba trabalhando muito mais do que se estivesse na empresa, misturando o trabalho com a vida pessoal.
Um exemplo é o aumento de casos de Síndrome de Burnout, que está relacionada diretamente à relação da pessoa com o trabalho, e está presente em todas as profissões, principalmente nas que envolvem muita responsabilidade e pressão.
Situação muito observada em médicos e enfermeiros, que são profissionais que atuam na linha de frente do combate à Covid-19”, explica o profissional.
Em 2020 aprendemos a reconhecer a importância de cuidar das nossas emoções, mas como podemos colocar em prática esse aprendizado para manter uma saúde mental mais equilibrada em 2021? A busca por equilíbrio é fundamental em meio a uma realidade de números alarmantes sobre o assunto.
“A pandemia do coronavírus obrigou o mundo todo a mudar os hábitos de relacionamento e de interação social. Trouxe também uma nova realidade que não estávamos habituados a lidar de forma consciente ou tão frequente: a vida e a morte.
Emocionalmente, sentimos o impacto de lidar com questões dessa ordem, causando em algumas pessoas crises agudas de ansiedade; pânico; angústia; medo da perda; da morte; do desamparo.
Vivemos em uma sociedade que vê o sofrimento como frescura ou associa a uma falta de ocupação, porém essa situação da Covid-19 nos obriga a mudar este conceito e assumir que somos vulneráveis, frágeis e finitos”, explica Saulo.
Ainda segundo o profissional, existem formas de manter a saúde mental neste cenário e durante todo o ano.
“O autoconhecimento é fundamental para manter o equilíbrio na saúde emocional. Bons hábitos na rotina também podem contribuir para os cuidados com a saúde do corpo e da mente: realizar atividades físicas; reforçar laços de amizade; dormir um sono reparador; cultivar pensamentos positivos; e manter uma alimentação saudável são algumas das recomendações.
É preciso ficar atento aos sinais de qualquer problema e se necessário buscar auxílio de um profissional de saúde mental.
A possibilidade de fazer psicoterapias se tornou mais acessível uma vez que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) tem orientado os profissionais de psicologia na regulamentação do formato de atendimento online”, finaliza.
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